O Human Power Hub teve uma participação positiva na 22.ª Europeia das Regiões e dos Municípios, que decorreu em Bruxelas, apesar de não ter vencido nos prémios RegioStars, dos quais era finalista, na categoria “Europa mais próxima dos cidadãos”.
Carlos Videira, administrador executivo da BragaHabit, empresa municipal que tutela este centro de inovação social, revela que ao longo da semana foram estabelecidos contactos para o envolvimento desta entidade em redes europeias.
Este responsável destaca a divulgação que foi feita pelos órgãos de comunicação social, dando a conhecer a instituição e as cerca de 80 iniciativas de empreendedorismo e impacto social que ali tiveram origem.
Por outro lado, todo o processo foi acompanhado por várias instituições públicas nacionais, como o Portugal Inovação Social, Pessoas 2030 [programa do Portugal 2030 que contempla fundos europeus para áreas como a qualificação, emprego e inclusão social], Agência para o Desenvolvimento e Coesão e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Braga e membro do Comité das Regiões, Ricardo Rio, afirma que a presença do Human Power Hub na final dos RegioStars é, por si só, «um enorme elogio» ao trabalho desta estrutura.
O autarca considera que atingir este patamar «reforça ainda mais» a visibilidade internacional do Human Power Hub, permitindo-lhe «entrar no radar para diferentes parcerias e financiamentos que podem fortalecer o seu trabalho futuro».
O edil defende que a «presença recorrente» do concelho «enquanto finalista ou semifinalista de diversos títulos a nível europeu e mundial, e de forma transversal a quase todas as áreas da gestão municipal», posiciona a cidade como «uma referência do ponto de vista da qualidade e inovação das políticas públicas».
«A presença regular de Braga, dos seus projetos e instituições, nas etapas finais de reconhecimento a nível internacional tende a ser banalizada por má- -fé ou desconhecimento, mas é uma enorme conquista para o nosso concelho», declara.
Na sua opinião, «a transversalidade de tais reconhecimentos, em áreas tão diversas quanto o ambiente, a cultura, o desporto, o turismo, a inovação, a sustentabilidade ou a democracia, ilustra um forte compromisso com a promoção da qualidade vida dos cidadãos e é hoje percecionada no exterior como um fator de atratividade para quem cá investe ou cá quer vir viver, trabalhar ou estudar».
A entrega dos prémios RegioStars decorreu quarta-feira à noite, com a presença da comissária da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, e do presidente do Comité das Regiões, Vasco Cordeiro, que culminou com a interpretação marcante do “Hino à Alegria”, hino da União Europeia.
Na categoria “Europa competitiva e inteligente”, ganhou o projeto Interreg Itália-Malta denominado «Bythos», que também foi o vencedor do Prémio do Público.
O projeto Biogreenfinery, de Espanha, venceu na categoria “Europa verde”, enquanto o projeto Interreg para a região do mar do Norte, BITS: Bicicletas e sistemas de transporte inteligentes ganhou na categoria “Europa conectada”.
O Programa de Desenvolvimento da Saúde – Telemedicina para as populações mais carenciadas, da Hungria, venceu na categoria “Europa social e inclusiva”, enquanto o projeto de revitalização Gdynia Odnowa, na Polónia, ganhou na categoria “Europa mais próxima dos cidadãos”, na qual concorria o Human Power Hub.
Atribuídos pela Comissão Europeia, os prémios RegioStars distinguem projetos financiados pelas verbas da Política de Coesão que se destacam pelo contributo para o desenvolvimento regional em várias áreas, tendo este ano sido registado um recorde de participantes, com 262 candidaturas.
*Em Bruxelas, a convite da Comissão Europeia e do Comité das Regiões.