O presidente da Fundação Bracara Augusta, Miguel Bandeira, defendeu num seminário internacional sobre património e turismo que «as vias romanas são as maior expressão da ideia de Europa» e que «podem desempenhar um papel na promoção da paz e da compreensão mútua entre os caminhantes das mais diversas nações que as percorrem».
«As vias romanas promovem difusão do ato de caminhar, um novo modo de perceber o turismo qualificado que se deseja, mais sustentado e consciente das ligações que esta circunstância associam ao estímulo a uma vida saudável», disse Miguel Bandeira, que falava no seminário internacional sobre património cultural e turismo, que decorreu na cidade espanhola de Gijón .
Centrando-se no «caso exemplar» do tramo português da Via XVIII, a Geira entre Braga e Terras de Bouro, Miguel Bandeira demonstrou a importância da paisagem e do seu ordenamento «como um fator de desenvolvimento das comunidades, numa perspetiva que se pretende sustentável, promotora dos contactos transfronteiriços e valorizadora da nossa história e património comum».
O presidente da Fundação Bracara Augusta apresentou a Geira romana «como um laboratório permanente do denominado “turismo lento”, que reclama o seu estudo permanente, agora também do caminho e do caminhar».