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AEB saúda Acordo de Concertação Social mas lamenta falta de metas de redução fiscal

AEB saúda Acordo de Concertação Social mas lamenta falta de metas de redução fiscal
Fotografia DR

Redação

Publicado em 03 de outubro de 2024, às 09:30

Daniel Vilaça acredita que acordo tripartido poderá ter um impacto transformador na economia portuguesa.

O presidente da Associação Empresarial de Braga (AEB) mostrou-se agradado com a formalização do novo acordo de concertação social entre o Govern e as Confederações Sociais e Empresariais - Acordo Tripartido 2025 | Valorização Salarial e Crescimento Económico. 

«Este novo acordo tripartido pode ter um impacto transformador na economia portuguesa, gerando condições favoráveis para melhorar salários, nomeadamente para os jovens - cujo talento Portugal não pode perder -, melhorar os índices de produtividade, promover crescimento económico e, consequentemente, aumentar a competitividade da economia e das empresas portuguesas», salienta Daniel Vilaça.

Porém, a lamenta que o acordo não seja mais consistente nas metas da redução da fiscalidade sobre os trabalhadores e as empresas, nomeadamente em termos do IRS e do IRC. «As confederações patronais deram um enorme exemplo de responsabilidade e sentido de Estado ao acordar e fixar metas ambiciosas em termos de evolução do salário mínimo nacional e dos salários médios até 2028, mas, no que toca à redução fiscal, o Governo, escondendo-se atrás do jogo político da negociação do OE 2025, não assumiu, como devia, um calendário devidamente quantificado da redução fiscal para o mesmo horizonte temporal», refere.

O presidente da AEB congratula-se com a introdução, no acordo, de um conjunto de medidas defendidas e apresentadas pela AEB aos principais partidos políticos nas últimas legislativas, como a isenção de IRS e TSU para os prémios de produtividade, de desempenho e participação nos lucros; a redução fiscal sobre o trabalho suplementar; a redução da tributação autónoma; a redução do IRC e a redução do IRS para os jovens. 

Segundo Daniel Vilaça, «o atual contexto económico e social que Portugal, a Europa e o mundo atravessam exige estabilidade, previsibilidade e ambição, no que concerne às políticas e medidas de apoio ao desenvolvimento económico e social». «Por isso, este acordo de valorização dos salários e de estímulo ao crescimento económico é um passo importante para o futuro da economia portuguesa», vincou.

No contexto da governação e políticas públicas para o país, Daniel Vilaça salientou que «é necessário prosseguir com uma efetiva redução de impostos para as empresas e trabalhadores; com medidas de estímulo ao investimento e capitalização de empresas; com programas ativos de atração e retenção de talento; e, entre outras medidas, com a redução do peso do estado na economia».

Ainda a propósito deste novo acordo, o responsável enalteceu o facto do «diálogo social e práticas de concertação social tripartida entre Governos e Confederações Sindicais e Empresariais começarem a ter em Portugal uma sólida e reputada tradição, como sucede em outros países desenvolvidos, com inegáveis benefícios para a coesão social, bem como para um desenvolvimento sustentável e inclusivo que se deseja para Portugal e Europa».