twitter

Sínodo vai servir para a Igreja «encontrar soluções novas»

Sínodo vai servir para a Igreja «encontrar soluções novas»
Nova Assembleia Sinodal é antecida de uma Vigília Penitencial amanhã à noite
Fotografia DR

Redação/ Ecclésia

Publicado em 29 de setembro de 2024, às 16:46

Padre bracarense Paulo Terroso participa como «assistente» e «colaborador»

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou que a nova sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo, convocada pelo Papa, tem a missão de encontrar «soluções novas», após o processo iniciado em 2021, com a consulta de milhões de pessoas.

«Em diversas perspetivas, em diversos contextos culturais e sociais, hão de surgir formas novas de realizar a mesma missão», considerou D. José Ornelas, em engtrevista conjunta à Ecclesia/Renascença.
 

Os trabalhos da assembleia dedicada ao tema “Por uma Igreja Sinodal. Comunhão. Participação. Missão”, tem vindo a mobilizar comunidades católicas de todo o mundo nos últimos três anos e contou com a sua primeira sessão geral em outubro de 2023. A XVI Assembleia Sinodal, que tem o desafio de «dar passos mais concretos», arranca no dia esta quarta-feira, dia 2 de outubro, e decorre até ao dia 27 de outubro.
 

A CEP está representada pelo seu presidente e por D. Virgílio Antunes, vice-presidente do organismo. O cardeal Américo Aguiar vai participar na segunda sessão da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, entre os dias 2 e 27 de outubro, por nomeação do Papa Francisco; já o cardeal Tolentino Mendonça participa na sua condição de prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação (Santa Sé).

Além dos quatro responsáveis portugueses, participam também nesta segunda sessão, como «assistentes e colaboradores», o padre Paulo Terroso, da Arquidiocese de Braga, e Leopoldina Simões, assessora de imprensa.
 

Para D. José Ornelas, o trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2021 é «histórico», porque «este Sínodo tem muito de novo».
O também bispo de Leiria-Fátima destaca o esforço desenvolvido para «refletir sobre a identidade própria da Igreja, o seu modo fundamental de estar à escuta de Deus, à escuta uns dos outros, programar, pensar e discernir em comum».
 

O responsável diz entender a decisão de criar grupos de trabalho, que colaboram com a Cúria Romana, para abordar temas «fraturantes» – por decisão do Papa, estes grupos vão manter-se ativos até junho de 2025 -, precisando que o debate vista «uma metodologia de trabalho que permita enfrentar também esses problemas de um modo novo».
 

«Não se pode encontrar simplesmente uma solução para uma parte daqueles que constituem a Igreja, mas é preciso encontrar caminhos o mais possível comuns», sustentou. O presidente da CEP centra a sua preocupação no esforço de criar «uma Igreja que seja sinodal na sua maneira de pensar, de discernir, mas também de agir».
 

Antes do arranque da segunda sessão, os participantes na XVI Assembleia Geral do Sínodo vão participar numa vigília penitencial amanhã, dia 1 de outubro, evocando os sofrimentos da humanidade e também pedindo perdão pelos abusos da Igreja, abusos de poder, abusos sexuais.