O processo de inventariação das áreas dos espaços públicos do Município de Braga vai arrancar ainda durante o mês de setembro. Ao todo serão cerca de 36 mil exemplares que passaram a ter toda a informação disponível numa plataforma de acesso público. O vereador que tutela o Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Braga estima que o processo de inventariação fique concluído em meados de 2025.
O vereador que tutela o Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Braga aponta para «junho-julho do próximo ano» a conclusão do processo de inventariação de todas as árvores existentes nos espaços públicos do Município de Braga. Em declarações ao Diário do Minho, Altino Bessa revelou que «a adjudicação da empreitada foi feita por concurso público».
Os trabalhos, que vão decorrer em duas fases, arrancam «já no início de setembro», precisou o autarca. «As nossas estimativas é que sejam inventariadas 36 mil áreas», acrescentou, dando conta que o processo implica um investimento municipal na ordem dos 60 mil euros.
«Os trabalhos vão começar pelas freguesias do centro da cidade. Depois, avançamos para o casco urbano mais periférico», precisou, notando que os trabalhos que da primeira fase serão interrompidos em outubro-novembro, «porque a queda da folha impede que o trabalho de inventariação possa ser feito com eficiência.
O trabalho será retomado entre fevereiro e março de 2025, quando as árvores voltarem a ter folha, que é fundamental para se identificar as árvores», destacou Altino Bessa, fazendo saber que no período de pausa, o trabalho será concentrado na criação da base de dados que identificará cada árvore. Um mapa interativo vai possibilitar que ao clicar num ponto (simboliza uma árvore), o cidadão tenha acesso imediato a um conjunto de informações que integra «o código numérico, a geolocalização, a identificação, a caracterização dendrométrica do exemplar, o ano de plantação, estado fitossanitário e as razões da classificação do exemplar».
Regulamento será aprovado este ano
Para o final de outubro, inícios de novembro é apontada a aprovação do Regulamento Municipal de Gestão do Arvoredo em Meio Urbano e Espaços Verdes do Município de Braga. O documento está em discussão pública e o vereador Altino Bessa espera que «tenha os maiores contributos»dos bracarense e das instituições da cidade.
«Já enviamos o documento às 42 entidades que fazem parte do Conselho Municipal do Ambiente», disse Altino Bessa, dando conta que o Município espera que o órgão consultivo que integra entidades do ensino superior, organizações empresariais e associações diversas «possam contribuir» para que Braga tenha «o melhor regulamento possível».
Altino Bessa sublinhou, a propósito, que o trabalho que está a ser realizado pela Câmara Municipal de Braga está à frente do que é a obrigação legal. É que, já em 2021, que o Governo tomou a iniciativa de levar os municípios a criar um regulamento do arvoredo, mas fez depender a elaboração do documento de «um manual de boas práticas» a publicar pelo Instituto de Conservação da Natureza e Das Florestas (ICNF).
«Esse manual de boas práticas ainda não existe», vincou Altino Bessa, dando nota que o regulamento do Município de Braga seguiu as linhas da proposta de boas práticas que o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas enviou aos municípios para consulta.