A Biblioteca de Jardim de Braga nasceu há muitos anos, longe do tempo dos telemóveis e da explosão digital e tecnológica, chamando aos espaços crianças e sobretudo adultos que ali se compareciam para ler livros, jornais, revistas, no meio de dois dedos de conversa. Passados, tantos anos, pode dizer-se que esta infraestrutura adaptou-se, incorporou novas valências e, desta forma, continua a cativar miúdos e graúdos, bracarenses e turistas.
O Diário do Minho visitou o espaço e constatou o empenho das monitoras em cativar participantes, assim como frequentadores à espera das sessões de leituras encenadas e crianças a desenhar ou a pintar. Entre as observações menos positivas, destaque para a reclamação e pedido de «regresso» dos jornais e revistas, que permitem “discussões” saudáveis por causa da atualidade, sobretudo quando o assunto é “bola”.
A biblioteca de jardim da Avenida Central prolonga-se até ao dia 14 de agosto. Até lá, de segundo a sábado, entre as 10h00 e as 12h00 e das 14h00 às 18h00, não faltam motivos para a leitura, o conto e a literacia. Acaba por ser um ponto de encontro de amigos e de aproximação à leitura e à literatura, que promove a interactividade intergeracional. Uma das novidades deste ano foi o ponto de troca e recolha de livros.
As atividades culturais e didácticas de educação pela arte são um dos pontos fortes da biblioteca de jardim da Avenida Central, aguçando a vertente artística sobretudo das crianças. Porém, estas atividades vão além da aprendizagem. São também um «porto seguro» para as famílias, que desta forma podem distrair a pequenada com atividades fora dos ecrãs; mas também para os AT e associações.
Aliás, as motitoras Margarida Silva e Bárbara Rocha confirmam a presença quase diária de crianças de ATL de escolas e infantários, sobretudo da cidade de Braga. «O mês de agosto está mais calmo. Mas em julho estivemos muitos dias cheios. Chegamos a ter 120 crianças de todas as idades, acompanhadas por adultos.
Uma das atividades mais concorridas decorre às 10h30 e 16h30, destinadas sobretudo às instituições, com “A hora do conto” e “leituras encenadas, sempre com mensagens sobre o ambiente, a tolerância e o respeito pelos outros. Por exemplo, uma das leituras encenadas tem sido “A flor dos Alimentos Saudáveis”.
Recorde-se que, no dia 10, sábado, volta a haver “Hora do Conto”, com “Leituras e Papas de Aveia, de António Pedro Martins”. «É importante manter os pais entretidos enquanto as crianças brincam», enfatizou Bárbara Rocha, do Projeto Expressar, associação que dinamiza as atividades
Margarida Silva enfatizou o facto de haver crianças e adultos que vão à biblioteca jardim todos os dias ou quase. «E saem daqui felizes», disse, recordando a variedade de atividades ali desenvolvidas, com música, hora do conto, troca de livros, entre muitas outras.
O DM falou com Ana Abreu, professora de português no estrangeiro, que está a gozar férias. «No verão, quando estou em Braga, sou uma frequentadora assídua da biblioteca de jardim. É um espaço agradável. Poderia ter mais jornais diários e revistas, assim como outros livros. Mas, de um modo geral, estes espaços têm melhorado muito, com mais atividades com envolvência do público», apreciou. Há amigos que se juntam para ver “A Hora do Conto”.
Recorde-se que Biblioteca de Jardim na Avenida Central prolonga-se aé 14 de agosto. O facto de estar numa zona central da cidade, mesmo junto a um parque infantil e próximo da Basílica dos Congregados, faz com que seja muito frequentado.