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"Bioblitz" identificou quase 80 espécies no ecoparque das Sete Fontes

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Fotografia UMinho

Redação

Publicado em 27 de julho de 2024, às 16:48

Iniciativa organizada pela Escola de Ciências da Universidade do Minho

Cerca de 100 pessoas participaram num “bioblitz” noturno durante esta semana no ecoparque das Sete Fontes, em Braga, e quase 80 espécies foram identificadas, como lesmas, aranhas, borboletas e caracoletas.

Esta atividade preparatória da Noite Europeia dos Investigadores foi organizada pela Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), através do Departamento de Biologia e do Centro de Biologia Molecular e Ambiental, com a colaboração da Junta de Freguesia de S. Victor e da Fundação Bracara Augusta.

Durante três horas e munidos de lanternas e telemóveis, os participantes fotografaram a fauna e flora dentro e ao redor do ecoparque, que possui um sistema antigo de abastecimento de água. 

A iniciativa permitiu “conhecer o lado ecológico deste território”, mencionou a diretora executiva da Fundação, Fátima Pereira, elogiando a “parceria feliz” com a ECUM. 

As fotografias tiradas foram carregadas na aplicação iNaturalist para o projeto “Bioblitz NEI Braga 2024”, resultando em mais de 180 observações e quase 80 espécies identificadas. 

Para atrair borboletas noturnas, a organização usou “armadilhas luminosas”, com LEDs de luz actínica (a chamada “luz negra”) e caixas de ovos em redor desta. “Servem para as borboletas se esconderem e acalmarem. São fotografadas, identificadas e libertadas”, revelou Margarida Araújo, recém-licenciada em Biologia na UMinho. 

“As luzes são essenciais, porque as atraem e depois podemos observar padrões, época em que aparecem ao longo do ano ou variações na sua abundância”, esclareceu.  

A visita às Sete Fontes foi conduzida pelo presidente da Junta de Freguesia, Ricardo Silva, considerando que a iniciativa resultou de uma “sinergia perfeita”. 

O autarca destacou que a maioria dos participantes veio “registar a biodiversidade” e conhecer aquele espaço ecomonumental que tem “um dinamismo especial à noite”. Já a “aproximação da ciência à comunidade” e a “preservação da biodiversidade local” foram os aspetos focados pelo presidente da ECUM, José Manuel González-Méijome.