"Tradições e práticas sineiras antigas e atuais. Conservação, preservação e salvagurda do património material e imaterial” é o tema do próximo “Encontros com o Património”, uma iniciativa da Fundação Bracara Augusta que se realiza no dia 6 de julho.
Organizado em parceria com o Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, a Confraria do Bom Jesus do Monte e a ASPA e com o apoio do Município de Braga, o encontro tem lugar no Hotel do Parque, no santuário do Bom Jesus, a partir das 15h00, e conta com os contributos de Elisa Lessa, professora da Universidade do Minho, responsável por uma intervenção sobre os sinos do santuário do Bom Jesus do Monte, com contextualização histórica, e Rodrigo Teodoro de Paula, do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Universidade de Évora, que irá refletir sobre o património sineiro em Portugal e a experiência recente em Évora. A esta mesa e ao debate associa-se João Dias, da Universidade do Minho, e Carlos Jerónimo, da empresa Fundição de Sinos de Braga.
Na sessão de abertura participam o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, o presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, o cónego Mário Martins, e o presidente da Fundação Bracara Augusta, Miguel Bandeira.
Com esta iniciativa a Fundação Bracara Augusta pretende suscitar a reflexão, a divulgação e o debate sobre o património cultural do município de Braga e as suas diversas implicações, aproximando a investigação e a produção de conhecimento.
Esta edição dos “Encontros com o Património” integra o programa das celebrações do quinto aniversário da inscrição do Bom Jesus na Lista do Património Mundial daUNESCO e o nono aniversário da elevação a Basílica Menor.
A Fundação Bracara Augusta associa-se, assim, à Confraria do Bom Jesus do Monte numa «data memorável para o património bracarense».
Numa nota de imprensa, refere que as torres sineiras e os sinos do Bom Jesus «foram e continuam a ser marca identitária da paisagem sonora do Sacro – Monte». «Manter viva a tradição do toque manual, como acontece com os sinos da torre sul da basílica que conservam o toque manual, é valorizar o impacto que os sinos tiveram, historicamente, na paisagem sonora e etnográfica. Num diálogo entre a natureza e a mão do homem, perdura o traço estético sonoro que integra o seu património e que constitui um elemento relevante da sua herança cultural. Os sinos são também um importante elemento cultural e patrimonial de Braga e que muito importa valorizar e, em partilha com várias entidades, o salvaguardar», acrescenta.d
O encontro, que é de entrada gratuita, mediante inscrição prévia através do e-mail [email protected], termina com um evento musical e uma visita à torre sineira do Bom Jesus.