Já estão abertas as candidaturas à 30 vagas para o novo mestrado da Universidade do Minho, que vai ser lançada no âmbito da aliança europeia Arqus e vai passar por um total de quatro países.
O mestrado em Cibersegurança Internacional e Ciberinteligência, que vai ser em inglês, arranca na Universidade de Pádua (Itália), segue para Vilnius (Lituânia), parte para Granada (Espanha) e termina na UMinho, onde decorre a dissertação e a semana de graduação.
As candidaturas estão abertas até 15 de maio, em arqus-alliance.eu. O cursa inicia em outubro e presta formação especializada na área, tendo forte envolvimento da indústria e incluindo bolsas de mobilidade.
“É uma oportunidade única de aprendizagem, com um currículo de vanguarda adaptado às últimas tendências do setor e às ameaças emergentes”, refere o professor Henrique Santos, da Escola de Engenharia da UMinho.
Segundo o professor, face à constante evolução da tecnologia global e de redes interconectadas, é fulcral procurar profissionais qualificados em cibersegurança e ciberinteligência. O mestrado foca, assim, ramos tão díspares como criptografia, sistemas ciberfísicos, internet das coisas, machine learning, computação quântica, relações internacionais, direito ou gestão.
O programa integra um amplo corpo docente, a presença ativa de empresas em sala de aula e seminários, a coconstrução de conhecimento em plataformas abertas, vários laboratórios práticos e tutoria da tese de forma presencial e/ou remota, incidindo num exercício de cibersegurança para avaliar as competências obtidas e a sua aplicação à realidade.
“Vamos alargar o networking, o potencial e a empregabilidade dos estudantes, que no final estarão aptos a integrar qualquer área da indústria da cibersegurança ou equipas de ciberinteligência a nível internacional”, frisa Henrique Santos, também investigador do Centro Algoritmi e presidente da Comissão Técnica 163 (Normalização) para a CIbersegurança.
Segundo comunicado enviado às redações, o curso inclui diferentes saídas profissionais, como gestor de segurança da informação (CISO); responsável cibernético jurídico, político e de controlo; especialista em ameaças cibernéticas; investigador forense digital; pentester; e ainda arquiteto, auditor, educador, implementador, investigador ou gestor de riscos na área da cibersegurança, entre outros.
Há várias bolsas de estudo ao dispor, nomeadamente do programa Erasmus+, do Arqus Talent Fund e em especial do projeto CiberActioning, que, nas duas primeiras edições do mestrado, disponibiliza verbas da UE e de duas empresas de cada país parceiro, sendo no caso português as tecnológicas Eurotux e DigitalSign.
A acreditação deste mestrado foi submetida pela Universidade de Vilnius no novo sistema European approach e, após essa etapa, foi sendo aprovada em cada uma das universidades parceiras. Assim, o estudante terá o diploma conferido pelas quatro academias envolvidas: Vilnius, Pádua, Granada e Minho.