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Residência universitária na antiga Fábrica Confiança estará pronta em dezembro de 2025

Residência universitária na antiga Fábrica Confiança estará pronta em dezembro de 2025
Fotografia DR

Carla Esteves

Jornalista

Publicado em 22 de abril de 2024, às 11:25

Garantia foi dada pela vereadora Olga Pereira durante a reunião do executivo municipal

Aempreitada para a construção de uma residência universitária na antiga fábrica de sabonetes Confiança deverá avançar em breve, devendo as obras ficar concluídas em dezembro de 2025, ou seja, dentro do “timing” previsto. A garantia foi hoje dada durante a reunião do executivo municipal de Braga, depois do Partido Socialista (PS)  ter solicitado um ponto de situação acerca do avanço das obras.

Segundo a vereadora das Obras Municipais, Olga Ferreira, o processo «está mesmo  pertinho do final», uma vez que o relatório definitivo já se encontra disponível para assinatura de todos os membros do júri, o que permitirá que venha a ser submetido a aprovação já na próxima reunião de Câmara ou na  subsequente.

De acordo com Olga Pereira a obra poderá ser depois adjudicada de imediato, uma vez que se encontra isenta da fiscalização do Tribunal de Contas. A eventual reclamação de um concorrente, no âmbito do Regime Júrico das Empreitadas de Obras Públicas, também não terá efeitos suspensivos porque a Câmara Municipal de Braga invocará o “interesse público” da intervenção.

«Tudo indica que a empreitada ficará concluída dentro do “timing” previsto, uma vez que todos os concorrentes disseram que sim, tendo, aliás, apresentado uma proposta com um valor inferior àquele que nós propunhamos», explicou a vereadora, recordando que sendo o prazo de obra de 400 dias, a expetativa é de que a empreitada venha a estar concluída em dezembro de 2025.

No decorrer da reunião do executivo municipal, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, avançou também que  «a obra da Fábrica Confiança está a seguir a tramitação normal», salvaguardando que «houve uma dilatação no relatório preliminar por parte do júri», tendo os contributos sido sujeitos a nova apreciação, estando agora «iminente» a entrega do relatório definitivo à Câmara Municipal.

As informações foram apresentadas depois do vereador socialista, Artur Feio, ter solicitado um ponto da situação acerca do andamento do processo.

Em declarações à comunicação social Artur Feio explicou que o objetivo do PS era perceber se já existia um relatório preliminar, depois de ter sido avançado pela Comunicação Social, numa primeira fase, que «teriam sido excluídas empresas, e que só duas teriam sido consideradas».

«Agora, recentemente, o senhor reitor da Universidade do Minho veio informar-nos publicamente que já teria a expetativa de ter a obra terminada durante o próximo ano, declarações que suscitaram a nossa admiração, não existindo um relatório preliminar», adiantou.

Artur Feio acrescentou que o PS vai agora «aguardar para perceber qual será o resultado final deste concurso que será um dos maiores investimentos na cidade de Braga relativamente ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)».

«É uma obra que todos percebemos que a cidade precisa e quanto mais cedo arrancar, mais cedo terminará, e daí a nossa preocupação», constatou,

Salvaguardou, contudo, que não havendo previsão da data exata para o arranque da obra, voltará a haver um problema a nível do prazo de conclusão.

«Das duas uma: ou corre mesmo muito bem a obra, o que seria algo absolutamente inovador, ou teremos aqui um problema de execução de prazos que poderá vir a conflituar com o próprio financiamento. Vamos aguardar. Queremos, naturalmente que o processo seja célere e rápido e sobretudo que seja conclusivo naquilo que diz respeito à sua definição, nomeadamente na escolha do empresário de construção que irá fazer a obra», afirmou.

Artur Feio acrescentou que os vereadores socialistas têm também curiosidade por visionar o projeto, uma vez que «há uma parte muito grande de conceção e criação, que também levará a uma fase de debate que poderá obrigar a alterações e afinações finais».

Concurso tem preço base de 25, 5 milhões

A residência universitária que vai nascer terá cerca de 700 camas, sendo o preço-base do concurso de 25,5 milhões de euros. A obra decorrerá ao abrigo do PRR e a futura residência será gerida pela Universidade do Minho.

A fábrica Confiança foi inaugurada em 1921, tendo produzido perfumes e sabonetes até 2005.