O diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa Gonçalves, ao responder sobre mudanças no sistema, disse que poderia ser uma boa ideia trocar prisões pequenas para ter uma de média dimensão, e utilizou o Minho como exemplo.
“Dava muito mais jeito ter prisões de média dimensão nalguns sítios, para 200 a 300 detentos. No Minho, por exemplo, era fechar Guimarães, Braga e Viana do Castelo e ter uma e rentabilizarmos”, disse o diretor ao Público.
Rui Abrunhosa Gonçalves falava à margem do Prison Insights, evento organizado pela Reshaped e pelo Instituto Galvão Teles, que decorreu na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
Sobre a possibilidade de ter uma unidade no Minho desta forma, foi questionado sobre a dificuldade que iria trazer para visitas, e comentou que é preferível assim, e que a sua defesa tem também um cariz arquitectónico.
“São prisões que têm mais de 70 anos, às vezes 80. Foram construídas no Estado Novo. Agora nós vemo-nos à nora, muitas vezes. Eu não sou contra as prisões pequenas. O problema é serem prisões pequenas construídas há muitos anos. Têm um pé-direito brutal, dois pisos, mas depois, do ponto de vista de ter espaços de convívio, de trabalho, visitas como deve ser, tem de se andar sempre a remendar com obras”, explicou.