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Cónega vive tradições pascais com renovada alegria e sentido de comunidade

Cónega vive tradições pascais com renovada  alegria e sentido de comunidade
Fotografia DM

Carla Esteves

Jornalista

Publicado em 01 de abril de 2024, às 17:50

Este ano a Família Sousa assumiu a mordomia das festas

Depois de uma manhã intensamente vivida, com a presença do Arcebispo Primaz, D. José Cordeiro, que veio enriquecer a tradição pascal na Cónega, aquela comunidade do centro histórico da cidade voltou a reunir-se hoje, da parte da tarde, para vivenciar o tradicional compasso pascal, levando a Cruz de Cristo de porta em porta às famílias da Rua da Boavista. A ligeira acalmia no temporal permitiu uma vivência mais tranquila dos costumes pascais, que todos os anos atraem inúmeras pessoas àquela característica artéria do centro histórico, incluindo familiares dos moradores, mas também muitos curiosos com vontade de conhecer de perto esta tradição.

No encontro inicial junto ao Patronato de Nossa Senhora da Torre, antes das Cruzes iniciarem o seu percurso pela Cónega, o pároco da Sé, cónego Manuel Joaquim Costa, deixou um sentido agradecimento à Família Sousa, que este ano assegurou a mordomia das festas, e em particular à sua matriarca D. Aninhas.

A gratidão do cónego Manuel Joaquim estendeu-se à Comissão de Festas da Cónega, em particular ao presidente Manuel Gonçalves, bem como a todos os que, de forma discreta, colaboram neste testemunho de anúncio, deixando ainda um apelo para que «a nossa inquietação seja sempre levar Jesus a todos e todos a Jesus Cristo».

Na sua intervenção, o responsável pela Comissão de Festas, Manuel Gonçalves, afirmou que a intenção desta comissão «é continuar a dar sempre tudo a este acontecimento».

Em declarações à imprensa, Manuel Gonçalves mostrou a sua satisfação pela visita de D. José Cordeiro, «que veio dar um relevo especial a esta festa que muitas vezes tem sido esquecida».

«Nós temos feito, ao longo dos anos, um grande sacrifício para manter esta tradição. Este ano tivemos esta agradável surpresa da presença do sr. D. José, que prometeu regressar para o ano, estar mais tempo, e até, se possível, fazer a recolha das Cruzes, que é um momento especial nas nossas festas», argumentou.

O facto deste ano a mordomia estar entregue à Família Sousa, foi outra nota positiva deixada por Manuel Gonçalves, depois de, no ano passado, ter sido a sua própria família a assumir a mordomia, num gesto de incentivo para que outros membros da comunidade assumissem também esta responsabilidade.

Manuel Gonçalves deixou ainda os seus votos para que nesta Páscoa surja outra família para assumir esta mesma responsabilidade, no próximo ano, ajudando assim em toda a grande logística que é necessária para assegurar um evento desta envergadura.

Orçamento rondou os 12 500 euros

Este ano, o orçamento das festas rondou sensivelmente o do ano passado, na ordem dos 12 500 euros.

«Contámos com o apoio da Câmara Municipal de Braga e destaco o apoio da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, que nos deu das melhores ajudas que temos tido», afirmou.

Depois da habitual oferta dos “raminhos” aos sacerdotes, ainda junto ao Patronato de Nossa Senhora da Torre, a festa na Cónega prosseguiu com o compasso e a costumeira visita às habitações, num cortejo religioso que contou ainda com a alegria trazida por  alguns raios de sol, que emprestaram mais colorido a esta tarde.