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Primeira sessão da XVI legislatura durou cerca de 10 minutos

Primeira sessão da XVI legislatura durou cerca de 10 minutos
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 26 de março de 2024, às 11:27

E foi presidida pelo comunista António Filipe

A primeira sessão plenária da XVI legislatura durou hoje cerca de dez minutos e foi presidida pelo comunista António Filipe, indicado pelo PSD, com o líder da bancada social-democrata convicto de que vai prolongar-se até ao final, em 2028.

A sessão começou pelas 10:16, com algum atraso e burburinho no hemiciclo, onde muitos deputados estreantes e outros já conhecedores da "casa da democracia" trocaram cumprimentos, abraços e tiraram algumas ‘selfies’.

Nas bancadas à esquerda, os deputados de PS, BE, PCP e Livre foram trocando cumprimentos, com o líder socialista, Pedro Nuno Santos, a falar durante alguns minutos com Paulo Raimundo, Mariana Mortágua e Rui Tavares.

À frente de alguns lugares da bancada do BE estavam colocados cravos vermelhos de tecido.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, chegou ao parlamento poucos minutos após as 10:00, acompanhado pelo ainda líder parlamentar social-democrata, Joaquim Miranda Sarmento, e o apontado como sucessor, Hugo Soares.

Assim que entrou no hemiciclo, Luís Montenegro deu um forte abraço ao presidente do CDS-PP, Nuno Melo, parceiro de coligação da Aliança Democrática (AD), tendo cumprimentado também o presidente da IL, Rui Rocha, e de seguida os líderes à esquerda, incluindo Pedro Nuno Santos.

Para o fim dos cumprimentos ficou o presidente do Chega, André Ventura, a quem Montenegro deu um abraço.

Na qualidade de líder da bancada do partido mais votado, o social-democrata Joaquim Miranda Sarmento, ladeado pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, e pelo antigo ministro e candidato à presidência da Assembleia da República, José Aguiar-Branco, foi o primeiro a intervir.

Miranda Sarmento deu “as boas-vindas” e desejou “bom trabalho e as maiores felicidades” aos 230 deputados que agora iniciam funções, “sem esquecer aqueles que serviram esta Assembleia e o país na última legislatura e que não retomaram o seu lugar de deputados”.

O líder parlamentar desejou que os deputados, apesar das suas divergências, contribuam para “que o país se desenvolva, para resolver os problemas que afetam a vida do dia-a-dia dos portugueses”.

“Contribuir para que quando esta legislatura terminar, em setembro de 2028, o país possa estar melhor, mais desenvolvido, mais rico, mais próspero, mas também mais justo e com isso trazer maior qualidade de vida aos portugueses”, considerou.

De seguida, o líder parlamentar do PSD indicou o deputado “mais antigo” e “com mais dias de exercício”, o comunista António Filipe, para presidir aos trabalhos da primeira sessão, uma vez que o presidente cessante, Augusto Santos Silva, não foi eleito para esta legislatura, e o novo presidente será escolhido esta tarde.

“Bom dia senhor deputados, senhores funcionários e jornalistas. Peço aos senhores agentes da autoridade que abram as galerias e vamos então dar início à XVI legislatura na vigência da Constituição de 1976. É uma honra estar aqui. Quando aos 26 anos de idade entrei para esta Assembleia estava muito longe de imaginar que um dia me viria a acontecer isto mas a vida tem destas partidas”, gracejou o comunista.

De seguida, o PSD indicou o deputado José Cesário como secretário temporário e o PS a socialista Palmira Maciel.

Foi lida a constituição da comissão de verificação de poderes dos deputados e o líder da bancada socialista, Eurico Brilhante Dias, pediu a palavra para uma correção.

“O senhor deputado José Cesário acaba de ler cinco deputados do PS e leu seis nomes. A ata deve ser corrigida para ter seis nomes do PS, também a maior bancada deste hemiciclo”, disse, gerando alguns risos na sala, uma vez que PS tem 78 deputados tal como o PSD.

Depois de aprovado o projeto de resolução que constitui a comissão de verificação de poderes, António Filipe interrompeu a sessão pelas 10:26, que será retomada pelas 15:00 para a eleição do presidente da Assembleia da República.