Dezenas de pais, avós e encarregados de educação participaram, hoje à tarde, na “Marcha Silenciosa Pelas Crianças”, que percorreu algumas das principais ruas de Braga, fazendo eco de uma manifestação que decorreu em mais cinco cidades portuguesas: Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Lisboa e Faro.
Os manifestantes protestaram contra aquilo que consideram ser «o ataque declarado à inocência das crianças através da doutrinação na ideologia de género e a sexualização precoce que estão a impor nas escolas, assim como a decadência do ensino em geral».
Cibelli Almeida, vice-presidente da Associação Família Conservadora, revelou que o Movimento cívico “Acordai, pelas nossas crianças» foi criado em Lisboa e conta com o apoio da Associação Família Conservadora e de outras instituições na realização desta marcha que pretende demonstrar «a indignação pelo que está a acontecer nas escolas públicas».
«Nós não queremos que doutrinem os nossos filhos porque defendemos que quem educa os filhos são os pais. A escola deve estar preocupada em ensinar bem Matemática, História, Geografia, os conteúdos curriculares para que o aluno seja um bom profissional no futuro, mas com os princípios e os valores que os pais querem», defendeu a presidente da associação.
Segundo Cibelli Almeida, os manifestantes «não só não querem uma doutrinação na escola, como não querem uma doutrinação especialmente focada na ideologia de género».
«Não concordamos com as casas de banho mistas, com a mudança de nome e com a sexualização precoce das crianças . A nossa preocupação é que a escola não possa intervir nessas matérias, que para nós são da responsabilidade do pai e da mãe», argumentou.
Cibelli Almeida diz que a marcha se destina a «alertar alguns pais que podem não se estar a apreceber do que está a acontecer a este nível nas escolas dos filhos e pedir às famílias, aos pais, avós, tios, e também aos professores que despertem pelas suas crianças porque esta situação tem sido passada ao largo, sem que as pessoas se apercebam».
«Alguns pais já estão despertos e é por isso que nós estamos aqui para dizer “não” a estas questões e o movimento foi criado exatamente com esse objetivo», afirmou, salientando que a marcha é silenciosa, decorrendo sob o lema “A família educa, a escola ensina”.
O grupo é contra a lei de autodeterminação de género na escola pública, que prevê, entre outras aspetos, a escolha de um nome próprio neutro e a criação de casas de banho e balneários mistos nos estabelecimentos de ensino.