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Gulbenkian de Braga mostra hoje todo o seu potencial artístico no Theatro Circo

Gulbenkian de Braga mostra hoje todo o seu potencial artístico no Theatro Circo
Fotografia DR

Francisco de Assis

Jornalista

Publicado em 09 de fevereiro de 2024, às 09:29

Espetáculo “A CIranda” será repetido amanhã à mesma hora

A Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga atua hoje e amanhã, às 21h30, no Theatro Circo, a mais emblemática sala de espetáculos da região. No espetáculo musical, “A Ciranda - Um encontro de Estrelas”, os responsáveis e alunos da escola de música de Braga pretendem mostrar todo o seu potencial artístico apreendido naquele estabelecimento de ensino. Segundo uma nota de imprensa enviada ao Diário do Minho, trata-se de um espetáculo realizado pelos alunos do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. “A Ciranda”, título de 2024, «é um espetáculo cénico com música, mais um a acrescentar aos que se realizam há mais de vinte anos, que traz ao público da “Bracara Augusta atual” o resultado da aplicação das múltiplas competências artísticas e musicais que ao longo da formação no Conservatório os alunos adquirem», esclarece.

No texto, a escola bracarense revela que no presente ano, o tema escolhido para apresentar ao público é a história do fundador Calouste Gulbenkian, que chegou a ser um dos homens mais ricos do seu tempo, e Azeredo Perdigão. Um encontro de grandes homens que resultou num legado nas belas-artes que permitiu, entre muitos desenvolvimentos em Portugal, a construção do nosso conservatório e o projeto educativo que a escola oferece à cidade», pode ler-se, em jeito de explicação.

 

 “A Ciranda” porque?

 E a Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga prossegue na explicação e contextualização do espetáculo “A Ciranda”, que pode ser visto hoje e amanhã no Theatro Circo. «O mundo dá muitas voltas e, numa dessas cirandas do mundo, Calouste Gulbenkian, empresário turco, encontra-se com Azeredo Perdigão, advogado português. Este encontro une a luz de duas estrelas e altera a visão e o investimento na Ciência e nas Artes em Portugal», fazem notar. Ainda de acordo com a Conservatória de Música Gulbenkian de Braga “A Ciranda”, de Adriana Moreira e Hugo Direito Dias, emite luz própria em movimentos rotacionais que cruzam música, canto, dança e literatura, descrevendo a beleza que o mundo proporciona enquanto gira, enquanto o tempo passa, na certeza científica de que o que vem é o que tem de vir, e chega pela inevitabilidade do legado que cada um, mesmo após partir, deixa num mundo que continua a girar». De salientar que o texto do espetáculo é de Adriana Moreira e Hugo Direito Dias; enquanto que a encenação é de Hugo Direito Dias. “A Ciranda” é, assim, mais um produto que confirma a excelência da Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian que se tem vindo a consolidar a sua posição a nível nacional. No ano passado foi a escola pública com melhor classificação nacional, apresentando uma média de 15,11, que lhe valeu o 12.º lugar no ranking. Recorde-se que o turco, de origem arménio, Kaloust Sarkisian popularmente conhecido em Portugal por Calouste Gulbenkian já motivou um sem-número de livros e documentários, pela sua astúcia e estratégia, mas também como um grande filantropo. Em Portugal, José Rodrigues dos Santos já publicou dois livros sobre ele: “Um Milionário em Lisboa” e “O Homem de Constantinopla”, duas publicações que elucidam os leitores sobre os vários aspetos da vida daquele que chegou a ser um dos homens mais ricos do planeta; mas também elucida os leitores sobre o genocídio do povo arménio em 1915, por parte do império Otomano.