O Conselho Geral da Universidade do Minho aprovou por maioria o Plano de Atividades e o Orçamento dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM), debaixo dos votos contra e das críticas dos estudantes.
O valor do orçamento para este ano é de 9.850.866 euros, um aumento de 16,8% face a 2023, ainda que sem qualquer alteração no que respeita às transferências diretas do orçamento da Universidade do Minho, situação várias vezes contestada pelos representantes dos estudantes ao longo da discussão deste ponto.
O documento acabou por ser aprovado com o voto favorável de nove conselheiros, cinco abstenções e quatro votos contra, todos estes dos representantes dos estudantes presentes na reunião que ainda decorre no Salão Nobre da Reitoria, no Largo do Paço.
Em comunicado enviado às redações, a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) adianta que pediu ao Conselho Geral o voto contra no Orçamento dos SASUM 2024, mas ainda assim ele foi aprovado com 9 de 18 votos a favor. «Desde o dia 1 de outubro que observamos um aumento nos preços dos serviços prestados pelos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho, aqueles que mais deviam apoiar os estudantes e não criar barreiras ao acesso e à frequência no Ensino Superior», sustenta a AAUMinho.
Acrescenta que «o alojamento, a alimentação, a cultura e o desporto sofreram subidas, com a eliminação das senhas da cantina em pack e com o aumento de 2,50 euros para 2,80 euros, com um quarto individual para estudantes não bolseiros a passar de 150 euros para 162 euros e com a subida do valor do passe anual de acesso ao ginásio de 126 euros para 136 euros, o que tornará ainda mais difícil a promoção do desporto e de hábitos de vida saudáveis no seio da academia.
Segundo a AAUMinho «esta subida de preços aconteceu num momento em que deveríamos estar a procurar soluções para aliviar os custos financeiros da frequência dos estudantes no Ensino Superior, em especial na Universidade do Minho, e não aumentá-los. Afinal isso é contrariar a missão dos Serviços de Ação Social».
A AAUMinho apresentou ainda uma crítica direta ao Reitor da Universidade do Minho, dizendo que não entende «como é que, com o aumento do financiamento em Orçamento de Estado à Universidade do Minho, este não aumentou o apoio aos Serviços de Ação Social, tendo mantido a redução do financiamento realizada em 2019».
Margarida Isaías, presidente da AAUMinho e membro eleito do Conselho Geral, votou contra o documento.