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Aliança Democrática confiante numa «vitória robusta» no distrito

Aliança Democrática confiante numa «vitória robusta» no distrito
Fotografia DM

Jorge Oliveira

Jornalista

Publicado em 27 de janeiro de 2024, às 10:44

Partido entregou esta sexta-feira, no tribunal de Braga, a lista dos candidatos às legislativas.

A Aliança Democrática (AD) mostrou-se ontem confiante numa «vitória robusta» no distrito de Braga nas eleições legislativas de 10 de março, mas preferiu não indicar quantos deputados espera eleger.

O cabeça de lista da AD por Braga e secretário geral do PSD, Hugo Soares, numa atitude defensiva, referiu apenas que está «muito confiante» numa vitória em Braga, onde o PSD, CDS e PPM ambicionam «ganhar por muitos» [votos], e também no país, sob a liderança de Luís Montenegro. Hugo Soares falava aos jornalistas após a entrega da lista de candidatos da AD pelo distrito no tribunal Judicial de Braga.

Questionado se está tão otimista como o líder do CDS, Nuno Melo, que acredita na eleição do candidato do seu partido mais bem colocado da lista, Durval Tiago Ferreira, posicionado em 11.º lugar, o secretário-geral do PSD respondeu que «se essa vitória puder permitir a eleição será um excelente sinal». «Será um sinal de que essa vitória não só é robusta, como contribuirá para uma vitória da AD a nível nacional», acrescentou. Segundo Hugo Soares, a AD tem o «melhor projeto político» entre os partidos que vão a votos a 10 de março, um projeto político que, afiançou, «vai ao encontro das necessidades das pessoas».

O secretário geral do PSD manifestou o desejo que a campanha eleitoral se faça com a apresentação de «propostas concretas», nas áreas da saúde, habitação, educação, justiça, que permitam tirar o país da situação em que se encontra. «Portugal não tem que empobrecer constantemente, o empobrecimento das famílias, das empresas que estão esmagadas em impostos, com serviços públicos mínimos», frisou. Assegurar mais rendimentos aos portugueses através do «alívio fiscal» é uma das grandes prioridades da AD no distrito de Braga.

A coligação PSD, CDS PPM está empenhada também em fixar os jovens formados em Portugal nos seus territórios, propondo para o efeito uma taxa sobre o trabalho (IRS) de 15 por cento para todos os jovens até aos 35 anos. «Isso vai permitir que o salário seja muito superior aquilo que é hoje. Nós não podemos continuar a formar os nossos jovens para os ver a por as qualificações ao serviço da Alemanha, da Inglaterra, da França», sustentou. 

A lista ontem apresentada pela AD tem, segundo Hugo Soares, «os melhores candidatos do distrito», incluindo também personalidades independentes. «Somos todos do distrito, candidatos que conhecem bem o distrito, não precisamos de importar figuras nacionais, não precisamos de pessoas que não conhecem o território», disse, numa crítica implícita ao PS cuja lista por Braga tem como primeiro candidato José Luís Carneiro, natural de Baião, distrito do Porto.

O mandatário da lista, Paulo Cunha, corroborando das posições do secretário-geral do PSD, destacou a qualidade, responsabilidade e heterogeneidade da lista da AD, referindo que é constituída por «homens e mulheres capazes, de diferentes proveniências e diferentes zonas territoriais». «Esta eleição não é um concurso de ideias. Na eleição pressupõe que as pessoas que sejam eleitas sejam depois capazes de no terreno implementar essas ideias», assinalou. Quanto ao resultado esperado em Braga a 10 de março, Paulo Cunha disse que AD não traça limites, nem máximos, nem mínimos. A candidatura espera «o máximo de mandatos possível».

Nas legislativas de 2022, o PSD, que concorreu sosinho, elegeu 8 deputados pelo círculo eleitoral de Braga.