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Braga acolhe exposição de artistas do Norte de Portugal e da Galiza

Braga acolhe exposição de artistas do Norte de Portugal e da Galiza
Fotografia Francisco de Assis

Francisco de Assis

Jornalista

Publicado em 10 de janeiro de 2024, às 09:22

XIV Bienal de Pintura do Eixo Atlântico, patente na Biblioteca Lúcio Craveiro da silva até 31 de janeiro

A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, acolhe, desde ontem, a XIV Bienal de Pintura do Eixo Atlântico. Uma mostra que reúne 25 trabalhos de 104 artistas do Norte de Portugal e da Galiza, reforçando os laços que unem os dois territórios irmãos. Na inauguração estiveram Olga Pereira, vereadora da Câmara Municipal de Braga; Aida Alves, diretora da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva; Luís Pedroso, presidente da União das Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade; Miguel Pires, presidente da União das Freguesias de São Lázaro e São João do Souto; entre outros representantes de instituições sociais e culturais de Braga.

Também estiveram presentes os artistas bracarenses que foram selecionados no concurso promovido pelo Eixo Atlântico, nomeadamente Adriana Henriques, Jorge Araújo e Marlene Lima, que tiveram oportunidade de explicar o seu trabalho, perante o público presente. O barcelense António Miranda também apresentou o seu quadro, “Recantos dos excedentes”, sobre objetos de que não precisamos no momento, mas que guardamos para uma eventualidade. A diretora da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, como anfitriã, deu as boas-vindas aos presentes, saudando e dando os parabéns aos artistas vencedores.

Aida Alves agradeceu ainda aos responsáveis do Eixo Atlântico por terem escolhido a Biblioteca para acolher esta importante exposição, num auditório multifacetado, com condições para acolher diferentes tipos de arte. Quanto à vereadora da Câmara de Braga, foi parca em palavras, preferindo dar voz aos verdadeiros  protagonistas, neste caso os artistas, três deles bracarenses. Aliás, Olga Pereira também deu conta do «gosto» que sentiu na inauguração de uma exposição que «representa a identidade desta região». E deu os parabéns aos três artistas de Braga por verema sua obra reconhecida pelo júri. «É certamente um orgulho para vocês. E devem estar orgulhos do vosso trabalho», disse. De facto, em conversa com o Diário do Minho, os três representantes bracarenses nesta exposição não esconderam a satisfação e orgulho pela escolha. Adriana Henriques, que candidatou obras pela primeira vez, viu o quadro “Fragmentos de Felicidade” ser selecionado. «A minha arte é para a humanidade, é para chegar a todos», disse a pintora,  que lembrou que a felicidade é feita de fragmentos. Considerou que o seu fragmento de felicidade de ontem foi precisamente a inauguração da exposição, com todos os presentes a contemplar a sua obra.

 

Cultura é argamassa que une o território do Eixo Atlântico

 Por sua vez, Jorge Araújo foi “premiado” com a escolha da obra “As memórias que habita em nós”, e salientou a importância de cultivarmos as memórias. Porque é delas que se vai fazer a história e é delas que se constroem e se perpetuam relações. Marlene Lima gostou que o júri tivesse escolhido o quadro “Marulho”, que é como vê o mar. «Não estava nada à espera. Já tinha concorrido outras vezes, mas é a primeira vez que o meu trabalho foi escolhido. Foi uma surpresa muito boa», confessou. De referir que esta bienal foi pensada por considerar que a cultura ocupa um lugar central na construção e desenvolvimento da Eurorregião e do seu sistema urbano. Assim, a Bienal de Pintura do Eixo Atlântico constitui um dos programas com maior êxito e participação.

«A cultura é a argamassa que mantém unido o território a que hoje chamamos Eurorregião», escreveu Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga e vice-presidente do Eixo Atlântico. E acrescentou «Constata--se que a saúde da nossa criação pictórica, não só pelo elevado número de obras apresentadas a concurso e pela qualidade das mesmas, mas também pelo que representa, um evento que há mais de vinte e cinco anos junta tanto os artistas que participam como o público que visita a exposição itinerante, que ao longo de um ano percorre parte das cidades do Eixo Atlântico». A exposição vai estar patente na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva até ao dia 31 de janeiro. Recorde-se que esta é uma exposição itinerante que, depois de Braga, passa por Barcelos, Vila Real, Bragança, Felgueiras, entre outros concelhos.