O Município de Braga, através da Agere e em articulação com a Braval, vai avançar este mês com um projeto-piloto de recolha de biorresíduos domésticos nas zonas residenciais da Makro e do Parque Norte, anunciou ontem o presidente da autarquia. Ricardo Rio deixou esta informação na reunião de câmara, a primeira deste ano, depois da vereação socialista ter criticado o alegado atraso da autarquia na implantação do plano da recolha de biorresíduos em Braga. O vereador Adolfo Macedo referiu que a recolha seletiva de biorresíduos devia ter sido implementada até dezembro, de acordo com o que está estipulado numa diretiva comunitária.
Referiu que «há fundos disponíveis e medidas de apoio» para esse tipo de investimento e já há quatro cidades onde esses planos já foram implementados, sendo uma delas a de Guimarães. «Braga, que supostamente tem a melhor empresa de recolha de lixos, como o município apregoa referindo-se à Agere, não tem quanto a isto rigorosamente nada previsto», atirou o vereador socialista. Ricardo Rio rejeitou a ideia de que o município esteja atrasado na recolha e gestão de biorresíduos, notando que «a situação de Braga não é muito diferente da generalidade das autarquias a nível nacional». O autarca explicou que foi a Agência Nacional do Ambiente (ANA) quem protelou para o final do próximo mês de junho o prazo que estava estipulado para o final de dezembro de 2023.
«Há muitas candidaturas que estão dependentes da libertação de fundos comunitários, nomeadamente do Portugal 2030, vai ser necessário realizar investimentos consideráveis nessa área e as autarquias estão à espera da abertura dessas linhas de financiamento», disse Ricardo Rio, adiantando que quando o município de Braga conseguir esse financiamento vai universalizar a recolha de bioresíduos em todo o concelho que é a uma «questão importante do ponto de vista da estratégia ambiental». O edil garantiu que a Agere tem todos os estudos técnicos já realizados para avançar com a recolhe de biorresíduos, a qual está dependente aó da disponibilização de financiamento. O município de Braga está a trabalhar os biorresíduos desde 2019, quando começou a implementar um sistema de recolha seletivo também para os restaurante e hotéis da zona do centro histórico.