O novo comandante do Regimento de Cavalaria n.º 6 promete manter o que se faz de bem neste quartel e deixar a sua marca melhorando naquilo que for possível. Esta foi a primeira garantia que o Coronel de Cavalaria José Pedro Rebola Mataloto deixou em conversa com os jornalista após a cerimónia da sua tomada de posse que decorreu durante a manhã de ontem perante entidades civis, religiosas e militares.
O novo comandante garantiu sentir-se honrado com a missão que lhe entregaram agora. «Para mim é uma suprema honra, e não uso este adjetivo em vão, poder comandar o RC6, os Dragões do Entre Douro e Minho. Nunca tinha servido neste regimento, mas tenho sempre este regimento como uma referência. Tem sido uma referência para a Arma de Cavalaria, para o Exército, naquilo que tem sido a sua missão principal, que é aprontar forças para combate, nomeadamente o Grupo de Reconhecimento e também a sua participação em missões desde os últimos 30 anos para cá», disse. O
Coronel de Cavalaria Rebolo Mataloto disse ter chegado a Braga com uma «motivação muito grande» por saber que o RC6 faz bem. «E a minha intenção é manter o que se faz bem e procurar melhorar algum outro aspeto e deixar uma marca que espero que, no fim seja, uma marca de continuidade naquilo que o regimento faz, e faz muito bem», acrescentou. Questionado sobre qual o maior desafio que tem pela frente, o novo comandante do RC6 disse que é ter militares motivados em servir, com condições para servir e que se sintam bem a servir Portugal e os portugueses. «Portanto, o meu maior desafio é garantir que as pessoas que aqui servem todos os dias têm essas condições. Para mim, o maior desafio vai ser a preservação do potencial humano», salientou.
A cerimónia de tomada de posse foi presidida pelo Comandante das Forças Terrestres, Tenente-General Paulo Emanuel Maia Pereira que, no seu discurso, colocou o ênfase, precisamente, nos homens e mulheres que estão a servir no RC6, exortando o novo comandante a centrar neles a sua atenção.
«Cuida dos teus homens e mulheres como pessoas. Eles são os teus soldados, e isto encerra tudo. É para eles que vives, é para eles que trabalhas, é para eles que te dedicas. É por eles que lutas. Confiança e disponibilidade só 365 dias por ano, 24 horas por dia», disse.
Ainda durante o momento dos discursos, o Brigadeiro General Comandante da Brigada de Intervenção lembrou as responsabilidade de um comandante, nomeadamente o aprofundamento de uma cultura de segurança, a manutenção da prontidão operacional, a atuação enquanto polo de formação, a colaboração com as autoridades nacionais e locais. Nuno Farinha apontou como desafios a obtenção e retenção de recursos humanos e a aplicação da justiça e dos recursos materiais e financeiros.
Por fim, deixou elogios ao comandante cessante, o Coronel Jorge Paulo Martins Henriques, pelas «excecionais qualidades».
De assessor militar no Governo para comandante do RC6
O novo comandante do Regimento de Cavalaria n.º 6 desempenhou desde julho de 2020 até agora as funções de assessor militar do ministro e da ministra da Defesa Nacional dos XXII e XXIII Governos Constitucionais.
Do seu vasto currículo, o Coronel de Cavalaria José Pedro Rebola Mataloto «é mestre em Ciências Militares pela Academia Militar e pós-graduado em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e em Segurança e Defesa pelo Instituto de Estudos Superiores Militares, está habilitado, para além do Curso de Mestre de Equitação, com os Cursos de Estado-Maior Exército, Estado-Maior Conjunto, NATO PsyOps Operations Planning Course, NATO Assymetric Warfare Course e Curso Internacional de Estudos de Segurança Interna». Natural de Redondo, no distrito de Évora, é casado, tem dois filhos, reside em Bicesse, Cascais, e ao longo da carreira foi agraciado com 11 louvores.