Em declarações à Lusa no dia em que Braga celebra a festa de S. Geraldo, padroeiro da cidade, Ricardo Rio adiantou que, entretanto, estão a ser feitas avaliações para definir o valor de uma eventual compra do imóvel pelo município à arquidiocese.
“Estamos a dialogar, estão a ser feitas avaliações pelas duas partes”, referiu o autarca.
O antigo cinema S. Geraldo funcionou entre 1950 e 1990, apresentando-se hoje em adiantado estado de degradação.
Em meados de 2017, a Câmara de Braga arrendou o imóvel, com o objetivo de o transformar num centro de ‘Media Arts’, mas as obras ainda não arrancaram.
O arrendamento é por um prazo de 10 anos, pagando o município mensalmente 12.500 euros à arquidiocese, proprietária do edifício.
Em setembro, o PS levou o assunto a reunião do executivo, acusando a câmara de já ter deitado “ao lixo cerca de meio milhão de euros, para nada”.
“Estamos há seis anos sem nada acontecer. Entretanto, estamos a deitar dinheiro fora todos os meses. É uma espécie de plataforma giratória de transferência direta de dinheiro público para a arquidiocese”, apontou o vereador socialista Adolfo Macedo.
Na ocasião, o PS desafiou a câmara a comprar o edifício “imediatamente”.
O presidente da câmara respondeu que já abordou o novo arcebispo de Braga, José Cordeiro, sobre a eventual compra e que este se manifestou “disponível para conversar”.
Já sobre o arredamento, Ricardo Rio adiantou que a intenção foi mesmo resgatar o edifício do interesse privado, sublinhando que na altura “não havia projeto nem uma única página escrita” sobre o destino a dar ao imóvel.
Disse ainda que o valor da renda é “perfeitamente justo” face às condições do mercado imobiliário.