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UMinho cria núcleos arbóreos nos campi para bem-estar da comunidade académica

UMinho cria núcleos arbóreos nos campi para bem-estar da comunidade académica
Fotografia DM

Jorge Oliveira

Jornalista

Publicado em 22 de novembro de 2023, às 09:50

Academia desenvolve plano de ordenamento florestal

   A Universidade do Minho está a desenvolver um plano de ordenamento florestal para a implantação nos seus campi, em Braga e Guimarães, de núcleos de arborização que assegurem o bem-estar e permitam à comunidade académica usufruir dos espaços verdes. A informação foi avançada ontem pelo pró-reitor para a Sustentabilidade e Gestão dos Campi da UMinho, Miguel Bandeira, no decorrer de uma ação de plantação de árvores nativas, no campus de Gualtar, no âmbito da iniciativa “Florestar Braga” do Município de Braga. Com este ordenamento florestal, explicou Miguel Bandeira, a UMinho quer contribuir para a «qualificação do ambiente dos campi» e simultaneamente «criar condições de retenção» de todos os que circulam pelos espaços verdes. Neste tempo do digital, e depois de uma pandemia que obrigou a um período longo de confinamento, a UMinho «quer ser fundamentalmente presencial e não apenas um local de encontro virtual», acrescentou.

O responsável mostrou-se convicto de que estes pequenos espaços florestais, dotados de mobiliário urbano, vão «valorizar a vida nos campi» e criar motivos de fixação, deixando se ser «apenas espaços de atravessamento». «A UMinho tem uma cobertura vegetal significativa, não está é distribuída da melhor maneira», observou. Segundo Miguel Bandeira, estes espaços arborizados vão também incluir a dimensão laboratorial e didática. «Não é só ornamentação, mas também a dimensão de trabalho, de valorização da reconstituição dos ecossistemas», acrescentou. Um desses núcleos arbóreos ficará num espaço relvado junto às hortas comunitárias e reservatórios de compostagem do campus de Gualtar, onde ontem foram plantadas meia dúzia de árvores autóctones (principalmente carvalho) cedidas pelo Município de Braga.

Na ocasião, o pró-reitor para a Sustentabilidade e Gestão dos Campi agradeceu à Câmara Municipal de Braga, em particular ao Pelouro do Ambiente, esta ação em parceria, no âmbito do programa Florestar Braga, e nas vésperas do Dia da Floresta Autóctone. Por seu lado, o vereador do Ambiente, Altino Bessa, expressou a disponibilidade da Câmara de Braga para continuar a cooperar com a UMinho a nível ambiental e também a outros níveis. «Na UMinho há conhecimento e nós precisámos do conhecimento para que ele possa, de alguma forma, estar ao serviço da população. Nós [Câmara de Braga] temos também alguns meios que podemos disponibilizar e, por isso, eventualmente, fazer evoluir para outros conceitos de arborização, daquilo que é pretendido internamente quer pela Universidade, quer também pela Câmara Municipal», disse. O autarca recordou um projeto realizado em parceria com a UMinho,  através da Escola de Ciências, que se traduziu na caracterização da flora do Parque das Camélia, e que vai culminar com a colocação, em breve, de um painel com a indicação das espécies  existentes. «Neste área da identificação das espécies há muitos desafios, por exemplo no Picoto que é um espaço fechado e onde nós poderíamos também fazer uma caraterização, não só ao nível da flora, mas também ao nível da fauna», acrescentou.

 Miguel Bandeira reconheceu que a Câmara de Braga tem uma experiência grande na área do Ambiente e a UMinho vai aproveitar e estreitar as sinergias, em articulação também com a Quinta Pedagógica com quem a academia quer aprofundar a troca de experiências.