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Feirantes e consumidores foram “alvo” de campanha de sensibilização para a reciclagem

Feirantes e consumidores  foram “alvo”  de campanha de sensibilização para a reciclagem
Fotografia Avelino Lima

Rita Cunha

Jornalista

Publicado em 21 de novembro de 2023, às 16:12

Em 2000 foram recolhidas 800 toneladas de resíduos e, em 2022, um total de 17 mil toneladas. Mas é preciso chegar às 40 mil toneladas.

Foram dois meses de intensa sensibilização pelas feiras e festas, junto de feirantes e consumidores dos seis municípios da área de abrangência da Braval, no âmbito da campanha “Feira limpa, festa sustentável”. Organizada pela Braval e pela Agere, em parceria com a Sociedade Ponto Verde,  a iniciativa começou na Noite Branca de Braga, em setembro, e terminou ontem, no mesmo concelho, desta feita na feira semanal. Pelo “caminho”, passou, por exemplo, pela Feira da Ladra, em Vieira do Minho; pela Festa das Colheitas, em Vila Verde; e pelas Festas de Santiago, em Amares.


Segundo explicou Pedro Machado, diretor executivo da Braval, esta foi uma ação de sensibilização especialmente dirigida aos feirantes e aos munícipes que frequentam estes espaços, numa tentativa de os alertar para a importância da reciclagem, tendo em conta que, apesar de progressos evidentes, «ainda há muito trabalho a fazer».  Aqui, deu nota que em 2000, quando entrou em funcionamento o Ecoparque da Braval, foram recolhidas 800 toneladas de vidro, papel e plástico, um número que, em 2022, subiu para 17 mil toneladas. Porém, é necessário ainda um longo caminho para alcançar as 40 mil toneladas.
Os dados relativos a 2023 ainda não são conhecidos até porque o ano ainda não terminou, mas Pedro Machado prevê que haja uma ligeira subida.


Para além de um stand onde puderam participar em alguns jogos e ganhar prémios relacionados com a reciclagem, a campanha “Feira limpa, festa sustentável” contou ainda com a distribuição de sacos pelos feirantes para que fossem separando os resíduos produzidos, essenciamente plástico e cartão, sendo depois recompensados com prémios. 


«O objetivo é atingir as metas do PERSU [Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos]», disse,  considerando as feiras e festas com locais importantes de sensibilização dada a quantidade de plástico e cartão/papel que fica para trás. «Queremos as famílias cada vez mais a cumprir a reciclagem, mas também os agentes económicos», salientou, realçando, aqui, que «os industriais, os empresários e os comerciantes também têm de ter muito mais cuidado na separação dos seus resíduos».


Da parte da Agere, Rui Sá Morais, presidente do Conselho de Administração, enalteceu ações de sensibilização deste tipo tendo em vista as metas do novo PERSU. «É fundamental que estas metas sejam atingidas. Os próprios fundos comunitários começam a ter cada vez mais uma direção e podem ser corrigidos se o país não atingir as metas a que se propõe», disse. 
Recorde-se que, atualmente, a meta para 2035 é que a deposição em aterro se cifre em 10%, o que implica «ter muita reciclagem».