O Serviço de Pediatria do Hospital de Braga recebe todas as terças-feiras a visita dos Doutores Palhaços. Desta vez, sendo que novembro é o mês da Prematuridade, o serviço de Neonatologia foi também surpreendido pelos dois artistas da Operação Nariz Vermelho. Rui Gomes e Luís Almeida, em declarações ao Diário do Minho, afirmam que a sua missão é desafiante, mas que o que o transmitem ali é uma extensão deles mesmos.
«Ser palhaço é mais que uma personagem, é quase que uma extensão de nós mesmos, com as nossas emoções mais dilatadas. Portanto, para além de ser um prazer, é também desafiante», confirmou Rui Gomes. De quarto em quarto, vão sendo conquistados sorrisos, não só das crianças como também dos pais e dos enfermeiros e, claro, boa disposição não pode faltar e é com isso que se tentam contagiar as crianças que ali estão internadas. Por parte do Hospital, a mensagem é de esperança e algum entusiasmo, pois é também um momento de descontração para as equipas médicas.
A diretora do serviço de Pediatria e Neonatologia, Almerinda Pereira, referiu que esta é uma parceria com vários anos e que já é habitual que, às terças-feiras, haja uma certa ansiedade para receber estes profissionais da Operação Nariz Vermelho. «Há algumas crianças que estão em internamentos crónicos e já esperam por este dia da semana. Às vezes, até pedem para não ter alta na segunda-feira porque querem ver os Doutores Palhaços na terça», admitiu. Considerada uma parceria frutífera, tanto para o Hospital como para a Operação Nariz Vermelho, estas ações têm tido a capacidade de manter a boa disposição nos doentes, e não só, durante uma experiência mais sensível como uma hospitalização.
Além disso, também tem sido possível promover uma melhoria mais rápida, física e psicológica, do doente, resultados vistos no estudo “Rir é o Melhor Remédio”, feito em 2016, que revelou isso mesmo. Este é mais um ano em que a iniciativa se cumpre e, como afirmaram os dois artistas presentes, o objetivo principal destes momentos é que, durante o período em que estão em cada quarto, com cada criança, consigam que seja um momento transformador e que, de certa forma, seja possível “transportá-los” deste espaço físico para um espaço imaginário que os deixe felizes, tranquilos e que os deixe com esperança num futuro melhor e promissor.