twitter

Escola de Enfermagem da UMinho celebrou 111 anos de vida «em constante evolução»

Escola de Enfermagem da UMinho celebrou 111 anos de vida «em constante evolução»
Fotografia DR

Diana Carvalho

Jornalista

Publicado em 31 de outubro de 2023, às 11:57

Cerimónia decorreu ontem de manhã, no auditório B1 do campus de Gualtar.

A Escola Superior de Enfermagem (ESE) da Universidade do Minho celebrou ontem 111 anos, com uma cerimónia onde recordou o passado, vincou o presente e idealizou o próprio futuro. O momento contou com música, homenagens e muitos discursos de parabenização.

A partir das 10h00, o auditório B1 do campus de Gualtar da UMinho encheu-se com docentes, funcionários, alunos e entidades que quiseram marcar o 111.º aniversário da ESE. A abertura da cerimónia foi feita pela aluna da escola Gabriela Costa Araújo, que proporcionou aos presentes um momento musical.

A vice-presidente da ESE, Paula Encarnação, recordou aos presentes que a ESE foi criada em 1912 e que se desenvolveu como «uma unidade orgânica de ensino e investigação». «Ao celebrarmos o seu 111.º aniversário, gostaríamos de recordar os que por ela passaram, bem como aqueles que foram formados pela ESE e que agora se encontram emigrados a trabalhar como enfermeiros».

O primeiro caso foi o do enfermeiro Filipe Dias, que discursou na cerimónia em representação dos alunos que concluíram o curso no ano letivo 2022/23. «Esta casa já passou por muito, sendo caraterizada pela resiliência e espírito coletivo de abraçar desafios e ultrapassá-los em conjunto. Sermos um. Sermos ESE», começou por referir o agora profissional.

Durante a sua contribuição, Filipe Dias afirmou ainda que «a enfermagem é inegavelmente uma das profissões mais essenciais da saúde» e que os enfermeiros desempenham um papel crucial na jornada das pessoas». Por isso, sublinhou a importância de valorizar a profissão. «Valorizar a profissão de enfermagem significa reconhecer a experiência, o comprometimento e o impacto positivo que os enfermeiros têm na vida das pessoas. Isso inclui uma remuneração justa, oportunidades de desenvolvimento, descongelamento de carreiras e sobretudo condições de trabalho adequadas», assegurou o enfermeiro, antes de acrescentar: «Cuidem de nós para que nós possamos cuidar de vós. Juntos, podemos construir um sistema de saúde mais eficaz e humano».

O segundo caso é o de Adriana Cunha e Pedro Mendes, atuais enfermeiros no Reino Unido e ex-estudantes da ESE UMinho. 

A presidente da Associação de Estudantes da ESE, Francisca Felgueiras, destacou a escola «pela sua qualidade e abrangência», mas elencou ainda alguns desafios que os alunos vivem no dia a dia. «Se esta escola, com falta de recursos, com falta de uma infraestrutura adequada e com campo de estágios que proporciona a dificuldade da deslocação de estudantes mantém o nível de excelência no seu ensino, o que poderia fazer se tivesse na mão todas estas questões solucionadas?», mencionou a estudante.

A presidente da ESE, Esperança do Gago, não quis também deixar algumas palavras por dizer. «Os enfermeiros são uma parte essencial da equipa de saúde e desempenham um papel fundamental na promoção da saúde e no atendimento aos cidadãos. A ESE tem um papel fundamental na formação de enfermeiros, destacando-se como uma instituição que promove o pensamento crítico a inovação na formação de profissionais de enfermagem», concluiu.

Por fim, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, frisou que este número a ser celebrado é «extraordinário». «É sempre bom que nestas ocasiões sejamos capazes de olhar retrospetivamente e prestar os tributos que devemos prestar a quem teve responsabilidades na conformação da realidade que é a nossa realidade de hoje», comentou, antes de agradecer o trabalho realizado por toda a comunidade da ESE.

A cerimónia contou ainda com as homenagens a Alda Pacheco, primeira presidente da ESE, e a Abel Gonçalves, que trabalhou na escola desde o dia 6 de maio de 1987, e a conferência temática “Investigação Clínica, Envolvimento da Academia e Instituições de Saúde”, por Pedro Guimarães Cunha, coordenador do Centro Académico e de Formação no Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães. Foi ainda entregue o Prémio Almedina 2022/23 a Ana Raquel Terroso Queirós.