A Câmara Municipal de Braga vai avançar com o projeto da praia fluvial de Crespos (Cavadinho). O projeto, que se trata de um investimento de 749 500 euros e tem um prazo de execução de 240 dias, privilegia a opção por sistemas construtivos com reconhecida sustentabilidade ambiental, numa área de implantação de aproximadamente 10.200m2.
Em comunicado, a autarquia refere que o objetivo da intervenção é "preservar a natureza do local e valorizar todo o espaço de forma a ser fruído pela população". A proposta de adjudicação à empresa J.C.C.A. Lda, que apresentou a melhor proposta no concurso público, vai ser analisada em sede de reunião de Executivo Municipal, que se realiza na próxima segunda-feira, dia 30 de outubro, no Centro de Juventude de Braga.
"Com esta intervenção, será criado um espaço de merendas e de estadia, acessos e fruição da margem e/ou aplano de água, parque de estacionamento e vias de ligação entre estacionamentos e equipamentos, a criação de restrição de acessos de veículos à margem, a articulação com o canal da Ecovia do Rio Cávado, assim como a construção de bar e equipamento de apoio fluvial", refere a nota da Câmara Municipal. Está prevista também a criação de um espaço de primeiros socorros, instalações sanitárias e um balneário.
A Câmara de Braga pretende assim ganhar mais uma praia fluvial de referência, já que a praia fluvial de Crespos tem sido classificada pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza com o ‘Galardão de Qualidade Ouro’. Com este projeto de fundo, a autarquia "visa criar todas as infra-estruturas necessárias para uma utilização com todas as condições de conforto e segurança".
Novo concurso para a musealização da Ínsula das Carvalheiras vai ser também votado
Na próxima reunião de Executivo vai ser também votado o lançamento de um novo concurso público com vista à musealização das ruínas arqueológicas da Ínsula das Carvalheiras e criação do Centro de Interpretação e área envolvente. Esta obra vai contar com um prazo de execução de 18 meses e representa um investimento de cerca de quatro milhões de euros.
No comunicado, a Câmara Municipal explica que "este novo procedimento concursal apresenta um preço base de execução superior ao valor fixado no procedimento anterior, que se revelou insuficiente face à expectativa e condições gerais de mercado". "Nesse sentido, por uma questão de transparência e salvaguarda do interesse público, a autarquia optou pela não adjudicação desse mesmo concurso, lançando agora um novo procedimento com a reformulação do preço base superior em cerca de 700 mil euros", acrescenta.
A valorização patrimonial é o principal objetivo deste projeto. "A Ínsula das Carvalheiras vai proporcionar uma viagem no tempo, com a entrada num Centro Interpretativo que terá uma dimensão moderna e tecnológica e com um percurso até ao interior deste espaço que constitui um importantíssimo legado romano", refere a autarquia bracarense. Para além da componente arqueológica, o projeto prevê ainda a criação de um parque urbano anexo às ruínas, que vai permitir um usufruto qualificado do espaço pelos cidadãos e o desenvolvimento de atividades culturais e de lazer.