O presidente do conselho de administração do Hospital de Braga afirma que tem necessidade, não só de mais fisioterapeutas, como também de mais espaço para esta especialidade com uma procura cada vaz mais crescente.
«Preocupa-me a dificuldade de aumentar a capacidade da Fisioterapia, muitas vezes em termos de recursos humanos, e o espaço físico do próprio Hospital de Braga, que já é bastante limitado. As duas coisas estão juntas e, portanto, temos aqui muitas dificuldades em aumentar a capacidade do Hospital para a prestação», disse João Porfírio Oliveira.
Falando à margem das I Jornadas de Fisioterapia do Hospital de Braga, o administrador ressalvou que as Unidades Locais de Saúde «possam trazer outras capacidades e outra possibilidade de juntar a outros serviços e prestar melhores cuidados à população». Aos jornalistas, João Porfírio Oliveira realçou que «o nível da prestação de cuidados do Hospital de Braga e do Serviço de Medicina Física e Reabilitação é bastante elevado» e praticamente todos os doentes são ali tratados.
«Não temos uma dotação, em termos de camas, que gostaríamos para tratar ainda com mais diferenciação, mas a verdade é que o nível e a qualidade dos serviços prestados é incontestável, e isso muito nos orgulha», salientou. Neste momento, explicou, o serviço tem «uma lista de espera bastanterazoável» para os cuidados de fisioterapia.
«Estamos a enveredar esforços e, juntamente com o serviço de Medicina Física e de Reabilitação, nomeadamente no alargamento do espaço de tratamento, para abarcar cada vez mais cuidados», acrescentou. Entretanto, ontem e hoje decorrem as primeiras Jornadas de Fisioterapia do Hospital de Braga, com a presença de vários especialistas e cerca de 120 profissionais desta área inscritos.
Tânia Pereira, da comissão organizadora, também em declarações aos jornalistas à margem do evento, começou por justificar esta iniciativa como forma de celebração do Dia Mundial da Fisioterapia, que é assinalado a 8 de setembro. «O mundo inteiro está a celebrar este dia e, este ano optámos por umas jornadas de fisioterapia muito baseadas em evidência. Nós, agora, temos uma Ordem de Fisioterapeutas, que foi instalada no ano passado, portanto, nós queremos dar muito enfoque à evidência, a trabalhar com a evidência clínica. E temos um elenco de palestrantes que vem de todo o país, pessoal de muito renome mesmo a nível internacional, que nos vem dar essa partilha», disse.
Tânia Pereira sublinhou que a fisioterapia enfrenta vários desafios e, a organização destas jornadas teve mesmo que delimitar alguns, uma vez que esta especialidade é relevante em quase todas as áreas. «Nós planeámos seis meses onde distribuímos um bocadinho os temas porque a fisioterapia é relevante em quase todas as áreas», disse.