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Presidente da Junta de S. Victor nega envolvimento na construção do complexo desportivo

Presidente da Junta de S. Victor nega envolvimento na construção do complexo desportivo
Fotografia DM

Redação

Publicado em 13 de agosto de 2023, às 10:10

Ricardo Silva surpreendido com comunicado do presidente da Câmara de Braga a quem acusa de desautorizar vereador do ambiente.

O presidente da Junta de S. Victor negou este sábado, em comunicado, estar envolvido, desde a primeira hora, no processo de construção do Complexo Desportivo pelo Grupo Supera na rua Luís Soares Barbosa.

Recorde-se que o presidente da Câmara de Braga, em resposta aos moradores, disse que o presidente da Junta de S. Victor ajudou a formatar este projeto ao qual nunca se terá oposto. Aliás, «foram incluídas cláusulas específicas no caderno de encargos» em «articulação com o autarca», garantiu Ricardo Rio.

A isto, Ricardo Silva responde ter sido «chamado a participar numa reunião com a vereadora Sameiro Araújo, no dia 9 de novembro de 2018», naqual, «o município tinha já, em sua posse, umas imagens 3D com o aspeto do “futuro complexo” e no local apontado». Nessa reunião, conta ainda o autarca, a Junta de S. Victor solicitou acesso ao estudo hidrogeológico do local, um esclarecimento sobre o impacto do trânsito automóvel, e se havia possibilidade de um acordo parassocial para os cidadãos. «Apesar da publicação da página do presidente da Câmara de Braga afirmar que a Junta de Freguesia de S. Victor teve participação na elaboração do caderno de encargos, não podemos concordar, nem deixar passar esta ideia, tendo em conta que nunca foi facultada à Junta de Freguesia de S. Victor qualquer versão do caderno de encargos, nem prévia, nem final. Avançámos com aqueles três pedidos de esclarecimento, sendo que, diretamente, só a questão do acordo parassocial teve resposta», afirma Ricardo Silva.

O autarca de S. Victor garante que, em cinco anos, não recebeu qualquer peça procedimental, não acedeu ao caderno de encargos ou qualquer projeto de especialidades. Ricardo Silva diz que ficou a saber mais na resposta de Ricardo Rio aos moradores «do que por qualquer comunicação oficial entre a Câmara Municipal de Braga e a Junta de Freguesia de S. Victor».

Na leitura política do presidente Ricardo Silva, este caso demonstra claramente um «atropelo ao trabalho do vereador do Ambiente, trabalho esse sim apoiado, desde a primeira hora, pelo presidente da Junta de São Victor». «Com esta sobreposição de ações e com a desautorização do trabalho do vereador Altino Bessa, fica provado que o Executivo Municipal não tem uma estratégia para a cidade, nem sabe comunicar entre si as várias ações dos vários pelouros», acrescenta. Por fim, Ricardo Silva esclarece ainda que, na Assembleia Municipal de 14 de dezembro de 2018, em que foi votada a desafetação do terreno para esta construção, o voto a favor foi de um elemento do seu executivo, pertencente ao PSD, uma vez que não esteve presente.