A Câmara de Braga já tem definido o projeto para a Ecovia do Cávado e Homem, com uma extensão, no concelho de 18 quilómetros e um investimento da autarquia na ordem dos seis milhões de euros. O vereador do Ambiente e Alterações Climáticas da autarquia bracarense sublinha a importância deste grande equipamento da Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM do Cávado) que vai ligar o mar, em Esposende, ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.
«A Ecovia do Cávado e Homem é um projeto que, inicialmente, teve um primeiro estudo prévio da parte da CIM do Cávado. Entretanto, esse estudo prévio, por si, não era suficiente, foi preciso fazer mesmo um projeto. Nós temos esse projeto concluído, temos uma empresa contratada por causa da negociação e cadastro dos terrenos. Nonosso concelho estamos a falar de cerca de 300 proprietários», revelou Altino Bessa.
O autarca realçou que agora é objetivo da Câmara de Braga fazer aos poucos a sua parte da Ecovia do Cávado e Homem, para a concretização do grande projeto que é ligar o mar ao Parque Nacional da Peneda-Gerês, ou seja, ligar Esposende a Terras de Bouro, passando, entre outros concelho, por Braga. «Este é um processo muito complexo e difícil. E, como Braga não tem acesso a determinados tipos de financiamentos como têm os outros municípiospor não ser considerado um município de baixa densidade, não se tem encontrado nenhum tipo de financiamento para podermos avançar com a obra. Ou seja, ao contrário de outros municípios que vão tendo alguns financiamentos para isso, Braga, para além de ainda estar em negociação com proprietários e tentar fazer todo esse processo burocrático, terá que fazer tudo a expensas próprias», salientou.
O vereador avança que, só para fazer o percurso de 18 quilómetros no concelho de Braga são necessários seis milhões de euros, «Por isso, nós queremos fazer aos bocados, queremos fazer por troços, mas o ideal, como sempre defendi, é que o Governo deveria ter lançado um aviso específico para a Ecovia do Cávado e Homem», sustentou. «Houve milhões para passadiços do Paiva, para muitos outros passadiços, para muitos outros investimentos, para esta ecovia, que precisa de um investimento muito significativo, nunca houve um aviso específico», lamentou.
No que diz respeito à negociação com os proprietários, Altino Bessa lembra que as margens são propriedade dos donos dos terrenos. Contudo, salienta, a legislação prevê o direito de passagem. Àqueles que tentam impedir essa passagem, o vereador garante que a Câmara não vai ceder, havendo um caso concreto que «será dos mais difíceis de resolver». estando em cima da mesa a possibilidade de recorrer à expropriação de interesse público.