O crescimento do número das estadias na hotelaria em Braga diminuiu consideravelmente no segundo trimestre deste ano face ao registado no primeiro trimestre de 2023, passando de 39% para aproximadamente 5%, embora ainda não haja dados relativos ao final do mês de junho.
Apesar de ter crescido menos do que seria expectável, o número de dormidas não deixou de crescer e nunca entrou em estagnação e foi largamente compensado pelo crescimento que se verificou no concelho de Braga ao nível dos setores da restauração e do comércio, contribuindo para o todo da atividade turística e para o volume de negócios global.
«Crescemos muito pouco em relação ao segundo trimestre de 2022, que foi um bom segundo trimestre. A nossa expetativa há dias atrás era crescer a níveis mais elevados, porém não podíamos passar incólumes face à retração de consumo quer em Portugal, quer na Europa», argumentou o diretor executivo da Associação Empresarial de Braga (AEB). Rui Marques salvaguarda que «de qualquer maneira é sempre melhor estar a crescer do que estar estagnado e felizmente em Braga não houve estagnação e o crescimento estimado neste segundo trimestre ainda foi na ordem dos 5%», afirmou.
Restauração e comércio registaram subidas
O diretor executivo da AEB chama a atenção para o facto dos dados referentes aos setores da restauração e do comércio também evidenciarem um crescimento, mas nestes casos bastante mais significativo. «Na restauração e no comércio os crescimentos são muito mais generosos. Nós aí estamos com um comportamento muito acima da média nacional, pois registamos, no primeiro trimestre um crescimento de 45%, e no segundo trimestre, ainda assim, de 26%», revelou, argumentando que «é um crescimento mais moderado, mas mesmo assim Braga continua a crescer a um ritmo muito interessante». No que respeita ao setor da restauração Braga teve um primeiro trimestre com um crescimento das transações em cartão de cerca de 50% e no segundo trimestre este crescimento abrandou para os 36%. «Ainda assim é um crescimento notável porque mesmo inferior ao primeiro trimestre está a crescer um terço acima do que aquilo que foi registado no ano transato», afirmou. Rui Marques considera estas marcas o «reflexo da grande vitalidade e dinamismo desta região que praticamente, neste momento, não encontra paralelo em nenhuma região do país». Atualmente, o mês de agosto é claramente o segundo melhor mês de atividade para o comércio em Braga, a seguir a dezembro, beneficiando da afluência d eturistas e emigrantes, embora aqui a emigração não tenha tanta importância como nos concelhos de baixa densidade. «Braga é, hoje em dia, um dos principais destinos de compras no país e na Euro-região Norte Portugal Galiza. E só isso é que consegue justificar os valores de negócios expetáveis para este ano, que são de uma ordem de grandeza absolutamente extraordinária», afirmou.