O presidente da Junta de Freguesia de Esporões garantiu hoje que o processo de valorização, musealização e adequação à visita das ruínas de Santa Marta ou Estação Arqueológica de Santa Marta das Cortiças «não se encontra parado», mas antes «está em fase evolutiva».
João Oliveira realça que o protocolo tripartido entre o Município de Braga, a Paróquia e a Junta de Freguesia de Esporões, firmado em 2021, prossegue, havendo «um conjunto de ações que é preciso realizar antes de entrar no terreno».
«A ação mais visível foi a desmatação e a limpeza, mas o que se pretende é criar um centro interpretativo que possa tornar o espaço visitável e explicativo».
Recordando que «estamos num dos pontos mais antigos da nossa civilização, que remonta aos tempos pré-históricos», o autarca vinca que «há ruínas visíveis, identificadas e catalogadas, que foram soterradas pela Arqueologia justamente para manter a preservação do espaço, e evitar o vandalismo».
Contudo há ainda registos fotográficos do passado que mostram a descoberto essas ruínas e edificações do tempo dos suevos e dos visigodos.
«Foram recolhidos inúmeros objetos históricos que se encontram no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, num processo também acompanhado pela divisão de Arqueologia da Universidade do Minho», afirmou.
Referindo-se a este processo como «muito caro para a Junta de Freguesia de Esporões», João Oliveira considera que a criação deste Centro Interpretativo «será a cereja no topo do bolo e irá valorizar ainda mais o aspetos histórico do espaço».
O autarca escusa-se, para já, a avançar datas efetivas, e admite que «estes processos são sempre longos e este, em particular, por não ser um processo autónomo,uma vez que se encontra integrado nos chamados Sacro-Montes, pode atrasar mais», mas acredita que «a conclusão está para breve».
Baloiço gera turismo
João Oliveira realça que a recuperação do caminho que liga o interior da freguesia ao Monte de Santa Marta veio facilitar o acesso nestes dias mais complicados, sendo que outro dos elementos que mais contribuiu para incentivar o turismo e a segurança do espaço foi a implantação do baloiço panorâmico que permite ma vista sobre a cidade.
«Com o baloiço conseguimos um motivo de atração turística, lúdica, desportiva, e de convívio. Temos muitas famílias que aqui se deslocam e são milhares as fotografias que identificam o hastag do baloiço partilhadas nas redes sociais. Por outro lado, conseguimos mais segurança e acabaram algumas movimentações estranhas de veículos neste local», afirmou, vincando que «o objetivo da sua criação foi completamente alcançado»