A Concelhia de Braga do CDS está contra a desclassificação dos museus D. Diogo de Sousa e Biscainhos, uma alteração anunciada em finais de junho pelo Ministério da Cultura, dando nota de que a gestão destes espaços passará para o município e não para a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal, responsável pela gestão dos museus que ficam sob a tutela do poder central.
Em comunicado, os centristas referem estar «em desacordo com o que consideram ser uma decisão tomada sem conhecimento ou envolvimento prévio do município de Braga».
Altino Bessa, vereador municipal e presidente da Concelhia do CDS de Braga, alude que este processo está em desacordo com os interesses do território desde o início. «Pergunto-me se é sequer admissível que medidas que têm implicações na gestão do território sejam tomadas sem o envolvimento da autarquia e da população. Esta postura é, mais uma vez, prova do centralismo crónico promovido pelo Governo socialista. ‘Desclassificar’ dois museus que figuram no meio cultural nacional como pontos de referência na esfera do barroco e do romano já é demasiado mau. Mas o cenário fica ainda pior do que parece quando os autarcas são apanhados de surpresa com uma ‘transferência’ feita ‘às escondidas’. Não é assim que pensamos o país e o futuro das estruturas culturais no território. Reclamamos tomadas de decisão que estejam em sintonia com os reais interesses do concelho e que sejam discutidas com os intervenientes políticos e a população porque, afinal de contas, somos os principais interessados», sustenta.
Altino Bessa acrescenta que esta é uma forma do Governo Central se demitir das suas responsabilidades. «Esta é uma medida imposta e que só vem cimentar a postura de desinteresse deste Governo pelos concelhos mais a norte do país. De salientar que esta ação e consequente decisão do Ministério da Cultura desvaloriza o acervo existente nestes equipamentos culturais».