«Eu venho precisamente para apoiar esta causa da luta contra o cancro, que é uma causa do Serviço Nacional de Saúde, mas que também é uma causa do conjunto da sociedade. E a Liga tem dado um apoio imenso aos doentes, ao país e ao próprio Serviço Nacional de Saúde», afirmou o ministro da Saúde. Manuel Pizarro, que falava ao Diário do Minho à entrada para o décimo Jantar de Gala da Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro, reconheceu que «são necessários mais recursos» humanos e técnicos na área da oncologia, tal como tinha defendido momentos antes a Coordenadora de Braga da Liga, Fátima Soeiro.
O titular da pasta da Saúde destacou que «Portugal tem sido muito bem sucedido em matéria de resultados comparados na luta contra o cancro» e invocou um estudo da OCDE para dizer que Portugal «tem tido sempre resultados acima da média» da União Europeia. «Em muitos casos, somos um dos países com melhores resultados. Isso não significa que não haja um trabalho a fazer e, sim, também nessa componente do apoio da saúde mental, há sem dúvida um trabalho a fazer», sublinhou Manuel Pizarro.
O ministro assume que os bons resultados não descartam a necessidade de mais investimentos no setor, inclusive no plano tecnológico. «Precisamos de mais aparelhos para diagnóstico, de mais diagnóstico precoce e de melhor organização. Mas temos que ir fazendo esse trabalho progressivamente», referiu, para deixar claro que «o muito respeito que é preciso ter pelas pessoas exige que esse investimento seja feito o mais depressa possível, mas sem a ilusão de que é possível fazer tudo de um dia para o outro».
Embora reconhecendo que «há dificuldades, há problemas e há tempos de espera que são indesejáveis», Manuel Pizarro vincou que olha «também para os avanços» e vê que «há cada vez mais doentes tratados».
No décimo aniversário da delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o governante não deixou de comentar o pedido de Coordenadora de Braga, que defendeu ser necessário maior colaboração do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente na celebração de novos protocolos.
«Nessa matéria, acho que podemos avançar mais rapidamente. É preciso uma atitude de grande abertura. O SNS tem de estar muito aberto à sociedade essa é uma matéria que eu me empenharei pessoalmente para garantir que podemos prosseguir mais rapidamente em atividades em conjunto com a Liga», assegurou.