A "Passeio" e o CECS/UMinho realizam, no próximo sábado, 18 de abril, um percurso pela tipografia urbana, com encontro marcado às 18h00, na Praça da República, em Braga. O percurso, intitulado Seminário Cultura Visual “Letras de Braga: a Tipografia Urbana” será orientado pelo projeto Letras de Braga, nomeadamente por Nuno Dias e Luís Tarroso Gomes.
A organização salienta que «Braga não são só bonitas esplanadas e magníficas Igrejas. Desde a icónica fachada d’A Brasileira, das letras imponentes na fachada do Theatro Circo e das letras degradadas do S. Geraldo, a letreiros desaparecidos que ainda coabitam nas nossas memórias, estas estruturas fazem parte do Património Gráfico e Visual da cidade de Braga. Contam a história da nossa cidade. Identificam-nos e diferenciam-nos!».«O património gráfico está seriamente ameaçado pela gentrificação e a renovação sem critério das nossas cidades», afirmam.
«É imperativo documentar a paisagem visual de Braga, preservar o máximo de reclames históricos e lutar contra a tendência de homogeneização da imagem comercial e urbana que desvaloriza e faz desaparecer o comércio local histórico e com ele a memória e a identidade de cada rua. A personalidade e a paisagem urbana das cidades ficam empobrecidas e as ruas são, em muitos casos, esventradas, sem nada que lembre as formas e usos que outrora lhes deram vida», sustentam, acrescentando que «estes elementos gráficos e tipográficos que, depois de deixarem a fachada dos edifícios e das lojas, perdem a sua função original publicitária, mas passam a objeto de arte e ganham estatuto de Património Gráfico das cidades»
O percurso passará pelas Letras do Café Viana e Café Astória; Letras do Café A Brasileira Velha e Nova; (Vadeca, Casa Esperança, JN); Letreiro das Frigideiras do Cantinho e letreiro da antiga fábrica Lusitana (João Penha); Néon do Café Lusitana e letreiro do edifício Médicos (Casa das Velas, Mundial Confiança, BNU) eLetras do Café Ferreira Capa e dos Armazéns Pinheiros (Sorte à Vista, Casa da Sorte), regressando à Arcada.