Celeirós voltou, ontem, a reviver as Solenidades do Senhor dos Passos, enchendo-se de fíeis que assistiram a uma procissão com contornos únicos, já que além do Sermão e do Encontro de Jesus com Sua Mãe Maria, os Passos de Celeirós distinguem-se também pela representação da Paixão do Senhor, incluindo cenas bíblicas desde a Entrada de Jesus em Jerusalém até à Ressurreição.
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oi perante uma assistência atenta e visivelmente comovida que o padre José Alberto Correia, proferiu o Sermão do Encontro, assinalando o momento em que Nossa Senhora encontra o seu Filho muito amado.
Questionando a assembleia sobre a posição em que se colocam na “peregrinação” da vida, se ela é uma posição de mera assistência ou uma posição interventiva, o orador recordou que no seu caminho para o Calvário, há 2000 anos atrás, o Senhor encontrou vários tipos de pessoas, desde os que meramente assistiram, aos que contribuíram fortemente para tornar o caminho de Jesus mais difícil, como Judas, até aos que facilitaram o seu percurso, como Simão de Sirene, que ajudou a transportar a Cruz.
O sacerdote convidou a assembleia a refletir como é que a História continua hoje a repetir-se, questionando quantas vezes foram capazes de trair um amigo, ou quantas outras negaram Cristo, passando junto dos que mais precisam e fazendo de conta que não viam «por vergonha ou comodidade».
«A História repete-se hoje, quando levantamos boatos, quando excluímos gente da nossa convivência antes de um julgamento justo», afirmou, lamentando aqueles que ainda não descobriram que o único caminho que pode remir a humanidade é o da bondade, da retidão e da verdade».
Enaltecendo as mulheres de Jerusalém que ajudaram Jesus, tornando a sua Cruz menos pesada, e elevando sobretudo Maria e ainda Verónica, que limpou o rosto de Jesus, o sacerdote aproveitou para homenagear as mulheres, as mães que sofrem pelos filhos, que limpam as feridas, considerando-as, nos dias de hoje, as “Senhoras das Dores e da Paixão”.