O concelho de Ponte de Lima acaba de reforçar a atratividade como destino privilegiado para os apreciadores de vinho e do desporto equestre.
O Município promoveu a consolidação deste posicionamento turístico com a realização da 14.ª edição do Concurso de Saltos Internacional e do 5.º Loureiro de Ponte de Lima ConVida, iniciativas que atraíram milhares de visitantes, no fim de semana de 10 a 12 de maio.
Os eventos foram acompanhados por um grupo de jornalistas e produtores de conteúdos de Portugal e Espanha, numa iniciativa com a colaboração da Confraria Gastronómica do Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima, destinada a amplificar as potencialidades do território.
O presidente da Câmara Municipal, Vasco Ferraz, destaca que estes certames promovem dois importantes recursos endógenos fundamentais na identidade local limiana: a casta Loureiro e o cavalo.
O autarca explica que o Concurso de Saltos, que bateu o recorde de participantes, com 340 conjuntos (cavaleiros e cavalos), provenientes de 11 países, se insere na estratégia de promoção de Ponte de Lima como destino equestre internacional.
«Ponte de Lima transformou-se numa das capitais do circuito equestres, sendo reconhecida a qualidade das suas infraestruturas e da organização dos eventos», afirma.
No âmbito do projeto Ponte de Lima Equestre, o calendário prevê a realização de um conjunto de 14 eventos, entre abril e outubro, na Expolima, com a participação de 1800 cavalos. Os cálculos apontam que um investimento de 150 mil euros se traduza num retorno de 6 milhões de euros.
O edil sublinha a promoção que a autarquia tem feito à casta Loureiro e o aumento no enoturismo que se tem registado no concelho.
Este responsável constata que os eventos realizados ao longo do ano, aliados à estratégia de promoção municipal, fazem com que Ponte de Lima esteja num lugar turístico de topo, tanto no Alto Minho como a nível nacional.
O autarca diz que o concelho registou, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, 120 mil dormidas no ano passado, representando um crescimento de 15,4%, com destaque para uma parte considerável deste aumento ser referente a turistas do mercado externo.
Loureiro e cavalos dinamizam mundo rural

O vice-presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Paulo Sousa, aponta o Loureiro e os cavalos como fatores de dinamização do mundo rural.
Em seu entender, «o mundo rural tem de ser cada vez mais potenciado e olhado como um setor estratégico para o desenvolvimento da nossa economia».
O responsável pelo pelouro do Turismo destaca a aposta municipal na valorização do Loureiro, acrescentando valor a uma casta emblemática da sub-região do Vale do Lima, que está a ser descoberta pelo mercado nacional e internacional.
«O objetivo de eventos como o Loureiro de Ponte de Lima ConVida é posicionar o Loureiro como um produto de grande qualidade, sendo que muitos dos nossos produtores têm turismo de habitação e projetos de enoturismo», afirma.
O vereador adianta que estão ser implementados no território limiano «projetos privados de largos milhões de euros, que vão tornar o concelho ainda mais competitivo no setor do enoturismo».
Para mostrar a quem visita o município e a quem nele mora que Ponte de Lima «é um território com vida», a autarquia leva a cabo, até setembro, um programa de animação composto por 23 eventos.
Visitantes convidados para enoturismo

Convidar os turistas para uma experiência de enoturismo em Ponte de Lima foi o mote para um percurso pelo concelho no âmbito da 5.ª edição do Loureiro de Ponte de Lima ConVida.
A Confraria Gastronómica do Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima associou-se à organização do evento, numa perspetiva de reforçar a divulgação da enogastronomia do concelho, proporcionando à comunicação social «uma viagem de redescoberta do pulsar deste território, desenhado desde tempos imemoriais pelo vinho, pela vinha e pelo mundo rural».
O périplo incluiu a visita à Quinta do Ameal, Vinhas da Igreja e Centro Equestre do Vale do Lima, tendo o transporte sido feito nas viaturas participantes no encontro do CLAC – Clube Limiano de Automóveis Clássicos.
Houve também uma caminhada pela Ecovia do Loureiro e um passeio pelo rio Lima no barco Água-arriba.
Os participantes tiveram ainda a oportunidade de ver a dinâmica de eventos do concelho, que incluiu o Feirão Cultural com o Rancho Folclórico da Correlhã, a Feira de Antiguidades e Velharias e o início da época da atividade “Ponte de Lima em forma”.
«Ponte de Lima agrega um conjunto qualitativo de agentes do enoturismo particularmente associados à casta Loureiro, que se distinguem pela qualidade e excelência no acolhimento de visitantes, através de experiências originais e inovadoras», refere a presidente da Confraria Gastronómica, Cristina Mendes.
Esta responsável sublinha a afirmação de Ponte de Lima como destino enograstronómico fruto da «forte tradição vitivinícola, do aumento sustentado do reconhecimento da qualidade dos vinhos do concelho, aliados à gastronomia regional, nomeadamente ao seu ex-libris gastronómico, o Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima, e a uma crescente aposta das empresas turísticas em investir numa oferta diferenciada e de qualidade».
Governo promete olhar para o turismo equestre

O secretário de Estado do Turismo prometeu dar atenção ao turismo equestre e destacou o potencial que Portugal tem no enoturismo.
Presente na abertura do Concurso de Saltos Internacional e do Loureiro de Ponte de Lima ConVida, Pedro Machado deixou o compromisso de olhar para o turismo equestre da mesma forma como são encarados os 22 produtos turísticos com que Portugal se posiciona em 25 mercados internacionais.
O governante referiu que existem 252 castas registadas no Instituto da Vinha e do Vinho, enaltecendo o caminho que o país tem feito no sentido de se posicionar como um dos melhores destinos de enoturismo do mundo.
O responsável falava depois do alerta deixado pelo presidente da Federação Equestre Portuguesa, Bruno Rente, para a importância de reconhecer o turismo equestre como uma «atividade extremamente relevante para a valorização do território, qualificação e diversificação da atividade turística, atenuação da sazonalidade e contributo para a coesão territorial».