Os portugueses desta república parece não se deixarem moldar, facilmente, às mãos destes oleiros de ocasião, sobretudo dos socialistas: é que eles sempre deterioraram o barro que não chega a coser, o qual, nunca serviu para abrigar das intempéries o povo que os suporta. Realmente, no país, os Governos socialistas têm estado em todas as desgraças.
Recordemos que foi o primeiro-ministro Mário Soares que iniciou a pedincha para Portugal, ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma dezena de anos antes dessa pedincha, Portugal orgulhava-se de ter a 5.ª moeda mais forte da Europa. Os oleiros socialistas, vivendo, gastando e desperdiçando sem conta em viagens e aviões fretados, chamaram o FMI, pagou-se-lhes com língua de palmo e o escudo ficou reduzido a botões de boxeurs.
Após o soarismo e continuando com os homens do socialismo à portuguesa – pois junto de “mon ami Mitterrand” eram social-democratas e cá dentro eram homens de punhos fechados em riste – tivemos esse político sério, António Guterres, que Soares não admirava por não ser Mação nem ateu. Que foi traído, que perdeu umas eleições autárquicas, que viu desmoronar a ponte de Entre-os-Rios e abandonou o Governo, provocando eleições legislativas. Jorge Coelho, ministro responsável da manutenção e segurança das pontes, com carácter e dignidade, demitiu-se.
Durão Barroso, talvez manhoso, fugiu para a Comissão Europeia e disse que o país estava de “tanga”. De seguida, ficou Sócrates, colocando o país sem “tanga”, reduzindo-o ao fio-dental: inicia os cortes na vida diária dos ministérios, pára os investimentos do país, fecha escolas, tribunais, faz parir as parturientes em ambulâncias, inicia o saque aos pensionistas do Estado, em simultâneo, com o engorduramento das suas contas bancárias. Finalmente indica à banca o precipício cavado por homens sem pejo, sem vértebras, ocos, despidos e predadores do mesmo alimento: dinheiro em benefício próprio e fabricantes de novos pobres para a Igreja Católica e os bancos alimentares, praticarem caridade.
E Passos Coelho, por falta de tirocínio político e com jactância, ajudou ao afundamento nacional, com a mesma inocência com que o boi vai para o matadouro. Assim, o Diabo parece rondar os socialistas quando governam e, para os crentes em Deus, o Diabo não dorme. A todos, ao Diabo convém. Daí, porque Portugal parece não se deixar moldar em tudo que querem, uma vez que as desgraças que mais têm feito sofrer os portugueses, vêm desses oleiros sem regras democráticas.
E como não há duas sem três, com raios ou coriscos, com tochas ou com fósforos, acontece a desgraça dos fogos em Pedrógão Grande e, o Governo light de António Costa, mesmo depois de ser avisado 48 horas antes, que a zona corria seríssimos perigos de incêndio, faz ouvidos de mercador e dá-se a maior desgraça de todos os tempos em Portugal com fogos. Falam nas televisões sobre o assunto, mas nada dizem ao país; faltam com tudo que é necessário ter e socorrem-se de tudo depois, pagando-se a peso de ouro as ajudas externas para os incêndios; recorre-se à solidariedade e à apolitização dos portugueses, para oferecerem o que o Governo previamente devia acautelar: segurança de bens, de pessoas e da floresta.
O Diabo ronda os débeis oleiros socialistas e a extrema-esquerda. Porque quere-os, todos lhe convêm. Finalmente, temos a maior desgraça nacional e sempre com os mesmos! O roubo de armamento militar em Tancos! Esta, só mesmo acção diabólica. Fui 2.º Sargento Miliciano, onde nesse tempo, em que ser militar era ser verdadeiramente português: com carácter, honra, verticalidade e, dava-se a vida pela Pátria se necessário fosse.
E militar que perdesse a arma que lhe estava distribuída, era preso, excepto se a perdesse em luta armada, mas, processo disciplinar tinha sempre. Agora armamento roubado num paiol militar, testemunha rigorosamente de como vai este país: Nação de saques, de predadores, de traidores, de incompetentes, de velhacos e vendedores de Pátrias.
Perante estas verdades, ocorridas nos mandatos de governo dos amigos de Mitterrand, mais espanta que, ainda na frescura dos fogos de Pedrógão e do roubo de armamento ao paiol de Tancos, Costa não tenha dito nada oficialmente como Primeiro-Ministro ao país e, descontraidamente, está de férias. Mas será possível julgá-los?
(O autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico).
Autor: Artur Soares