Só se acrescentará valor ao universo em disputa, se houver um debate verdadeiramente positivo, desta forma, muito mais será aproveitado para todos os membros do coletivo em escrutínio. Uma sociedade com elevação e dimensão cultural, distingue-se por debater o que interessa, o que está em causa são sempre conteúdos e não as pessoas. Quem pessoaliza acaba sempre por perder e não acrescentar valor.
Uma opinião pessoal recentemente produzida no Diário do Minho, sobre o processo eleitoral no Sporting Clube de Braga, valeu-me uma ou outra chamada anónima, facto que me deixou de certa forma triste, pois a escrita desse artigo de opinião, apenas se tratava de uma reflexão sobre duas candidaturas. Mas não é este tipo de afronta que me deixará de escrever o que penso, claro que, e como sempre, nunca recorrendo ao insulto ou desvalorização de oponentes momentâneos.
No que realmente interessa e que aí vem, já num pequeno lapso de tempo, são as eleições do Sporting Clube de Braga, e desta forma gostaria de realçar o acompanhamento que este ato eleitoral está a ter por parte dos órgãos de comunicação social regionais e nacionais, sinónimo de crescimento e importância do Clube em termos sociais e desportivos.
O crescimento do Clube, deve-se fundamentalmente ao trabalho de organização e gestão na era António Salvador. Um Clube que aprendeu a resolver os seus problemas, que abandonou a metodologia de “entregar as chaves” na Autarquia perante as crónicas dificuldades financeiras, um Clube que se mostra sólido e sustentável nas suas contas, Um Clube que sabe e pode investir. Para os mais desatentos, é muito importante lembrar, que o Braga é hoje em dia, um exemplo referenciado na Europa quando o tema é gestão e "fair play" financeiro.
Por outro lado, o Braga também é respeitado desportivamente, não apenas no Futebol, onde internacionalmente se afirmou, e é mais uma “marca” Portuguesa que tanto nos orgulha, conhecido e reconhecido pela presença regular nos palcos das melhores competições do velho continente. Nas restantes modalidades, é um Clube de campeões, não apenas nacionais, mas com títulos europeus, e que assegura anualmente e de forma marcante a presença de atletas das suas modalidades nas seleções nacionais em campeonatos europeus, mundiais, Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O Braga deixou de olhar para o lado, não perde tempo com “o vizinho”, projeta hoje o seu posicionamento para o topo das competições em que está envolvido. O Braga não está para “cumprir calendário”, é ambicioso com os seus objetivos desportivos e quer conquistar títulos.
Por fim, o Braga é um Clube com património próprio, com uma Cidade Desportiva que está a crescer, e que sem esquecer 100 anos de história, garantirá e trabalhará para um futuro sustentável, de produção de talento, de obtenção de “títulos maiores” e mais regulares. O “espaço” que se está a criar, dará ao Braga uma dimensão social, de relação ainda mais próxima com adeptos e sócios, ímpar no panorama nacional, e constituir-se-á certamente como um fenómeno de sucesso internacional.
Os sócios são “os donos do Clube”, e saberão certamente avaliar a transformação que o Braga teve na era Salvador, e como se poderão continuar a transformar sonhos em realidade.
Autor: Fernando Parente