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Orgulho bracarense

Penso que ninguém ficou indiferente perante a distinção que foi atribuída a Braga, como melhor destino europeu. São evidentes os reflexos que tal feito representa, desde a divulgação internacional da cidade e, como é evidente, ao turismo que a isso anda associado. Sabemos que a nossa cidade e seu concelho tem belezas naturais que encantam quem para elas olha e é obrigado a achá-las bonitas. Claro que a natureza foi pródiga em nos dar a montanha romeira do Sameiro, a mata de sombras aprazíveis do Bom-Jesus ou a beleza agreste de Santa Marta: “entre colinas floridas fica a cidade de Braga/ solares templo e ermidas/ pedras que são como vidas/ que o tempo audaz não apaga” decorei de um poeta que não sei dizer o nome. Isto é fácil de contar porque é fruto da natureza e pouco ou nada fruto do homem. Foi dada a Braga a beleza que a distingue. E estou certo não foram estes únicos predicados naturais que pesaram para a atribuição da distinção. Foram precisos muitos mais índices: económicos, gastronómicos, simpatia, oferta monumental religiosa e a proximidade com todas as cidades e vilas que constituem a província do Minho. Cidades, vilas e aldeias onde o Minho se retrata pelos seus usos, costumes e cultura. Mas esta proximidade, ou se quisermos, esta vizinhança harmoniosa, é trabalho e mérito de quem a soube produzir e fez das rivalidades provincianas de dantes, uma amizade moderna. Mudar sem alterar caraterísticas próprias é reconhecimento e amigo da diversidade. Não há que negar: devemos à atual câmara este são viver e, vem também à balança da justiça de julgar, os nossos parabéns por ter transformado esta cidade física, numa cidade intelectual, sem poeiras no cérebro e sem cimento em velhas práticas narcisistas. A cultura, a religiosidade, a cooperação com as instituições científicas, a transformação pacífica em moldar mentalidades, deve-se a esta edilidade, em especial ao seu presidente; daqui lhes endereço a minha satisfação pela atribuição de melhor destino europeu para Braga. Sobe de segundo a primeiro lugar e, assim, a Roma portuguesa, ganha à Roma dos Papas. Fazer igual já não vai chegar daqui para a frente; eis o ónus do engrandecimento.

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Não há que negar: devemos à atual câmara este são viver (…), e os nossos parabéns por ter transformado esta cidade física, numa cidade intelectual, sem poeiras no cérebro e sem cimento em velhas práticas narcisistas.


Autor: Paulo Fafe
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1 março 2021