O escrito em causa foi editado aquando da XLI Convenção Nacional Lions, em Revista Interna, realizada em Braga – 23/24/25 de Abril de 2010. Por ser actual e publicado no DM, alargado a todo o Minho (24 concelhos), o autor deste artigo entendeu que o mesmo fosse levado a conhecimento dos leitores deste jornal centenário.
Deve-se acrescentar à História aquilo que lhe pertence.
Acessibilidades
- A Variante da Encosta, com uma extensão de cerca de 3 km, é uma rodovia de distribuição de trânsito da parte nascente e que estabelece a ligação entre as EN 309 (Rotunda de Fraião / Via da Falperra) e a EN 103 - 3 (Braga / Bom Jesus), melhorando a rede viária urbana e articulando-a entre si.
Integra-se numa área de franco desenvolvimento urbanístico e contribui para a execução da estrutura viária do Plano de Ordenamento do Vale de Lamaçães.
- A Variante do Fojo proporcionando expansão urbana e maior fluidez e consequente descongestionamento do trânsito automóvel na saída Gualtar / Chaves, evita a passagem pela Universidade do Minho.
- A Circular Urbana, com uma extensão de 15 km, foi a primeira rodovia do género a ser realizada em Portugal. Cumpre um objectivo de ligação da cidade aos itinerários principais e às EN radiais, promovendo a melhoria da conectividade entre nós do sistema viário e o alargamento da área de influência de cada um deles.
Ambiente
- A ETA (estação de tratamento de água) sita no Rio Cávado, a que se pode chamar uma “fábrica” de água, com armazenagem e preparação de reagentes, de instalação de grupos de electrobombas, de aplicação de cloro e de laboratório. Trata perto de 50.000 m3 / dia de água potável, que rentabiliza e melhora acentuadamente todo o sistema de abastecimento de água ao concelho. E o novo reservatório de Montariol, com 3 células e capacidade de 24.000 m3 complementou toda esta infra-estrutura.
- A ETAR (estação de tratamento de águas residuais) com os seus decantadores, tanques de arejamento, espessadores de lamas e digestores, bem como a instalação de todo o equipamento electromecânico e seus emissários, valorizou substancialmente a qualidade ambiental e preservou as bacias hidrográficas dos rios Cávado e Este. Trata um caudal de mais de 30.000 m3 / dia. Isto no aspecto do saneamento.
A ETRSU (estação de tratamento de resíduos sólidos urbanos) trata e valoriza com aproveitamentos vários e energéticos a recolha dos “lixos deixados” pela população.
- O percurso pedonal, com componentes de regeneração urbanística, de lazer e potencialização da actividade comercial, entre Senhora-a-Branca e o Arco da Porta Nova, com 1.700m de extensão é o maior do País.
Equipamentos de utilização colectiva
- O Estádio de Braga está localizado em Dume, no Parque Norte da cidade, no recinto do Complexo Desportivo, que virá a integrar um pavilhão desportivo e uma piscina olímpica.
O seu elemento mais visível é na verdade a cobertura. É composta por cabos “full locked coil” aos pares, afastados entre si de 3,75 m, sobre os quais apoiam duas lajes de betão, que cobrem as duas bancadas nascente e poente. Está-se perante uma estrutura inédita – não há no mundo nenhuma cobertura semelhante, atendendo à sua inovação, intervenção e dimensão (vão de 202 m), como também pelo facto de os cabos serem livres na zona central.
O estádio tem capacidade para 30.000 lugares.
É uma grande atracção da cidade. É um local (obra de arte) que foi e é constantemente visitado por estudantes e técnicos do ramo (de arquitectura e engenharia) vindos de todos os lados.
- O Laboratório Ibérico de Nanotecnologia, centro de investigação internacional resultante de uma parceria entre os Governos / Ministérios da Tutela de Portugal e Espanha, é um grande impulso para o avanço do desenvolvimento da cidade de Braga. Ocupa um edifício de 20.000 m2 e 14.000 m2 de área laboral, dispersos por cerca de 5 hectares, onde se encontrava o parque de diversões Bracalândia. Os vários espaços trarão para este equipamento de tope 200 cientistas, aproximadamente, apoiados num extenso quadro de pessoal técnico e administrativo.
A inauguração da primeira fase aconteceu em tempo oportuno e conforme aprazado, de modo a cativar os melhores investigadores de nível mundial. Será um pólo gerador de riqueza e um centro de muitas descobertas científicas, dinamizador da economia local e regional.
- O ressurgimento do Theatro Circo após profundas obras de restauro, aumento de espaços e requalificação. Tudo decorreu no total respeito pela sua arquitectura original (princípios do séc. XX) e pelo reforço e consolidação da sua estrutura e segurança. Tornou-se num grande complexo cultural, capacitado com a mais actual e completa tecnologia cénica e sonora, capaz de responder às necessidades da arte contemporânea nas suas mais variadas dimensões. O salão principal tem a lotação de 900 lugares e foi complementado agora com duas zonas: auditório com cerca de 250 lugares e sala de ensaios, para lá de novos camarins e armazéns. O Hall Nobre voltou à traça de origem, libertado que foi das alterações sofridas ao longo dos anos. E tudo ficou mais alindado em seu redor com o arranjo urbanístico do topo norte da Avenida da Liberdade e do Largo João Penha, mais conhecido pelo «Rechicho».
Autor: Sampaio Castro