twitter

O sofrimento e a família

Não pude ficar indiferente ao olhar triste de uma das crianças, perto dos 10 anos, agarrada ao casaco da mãe,  que não queria conversa, queria o Pai.

Não interessa saber mais pormenores e desejo vivamente que isto tenha sido um  pequeno caso resolvido sem grandes problemas. Mas quantos casos dramáticos deste género e piores não se estão a passar perto de nós, na nossa terra ou região para não ir mais longe.

Como é isto, que mundo é este que acreditamos ter Deus na sua origem e no acompanhamento dia a dia? Como compreendo os ateus e agnósticos!

E, no entanto, não pode ser assim. Este sofrimento não pode ser vão. Deus há-de reparar todo este sofrimento e só Ele o pode fazer.

Só isso me permite ficar mais tranquilo, sem que essa tranquilidade signifique que  nada tenha  a ver com o sofrimento. Tenho tudo a ver e cabe-me lutar contra ele. Fazer tudo o que está ao meu alcance para o evitar, mesmo sabendo que posso fazer muito pouco. Mesmo sabendo que esse brutal  sofrimento  continuará.

Esse muito pouco é uma obrigação grave. Fazer o que estiver ao nosso alcance por um mundo melhor, com um pouco mais de alegria e um pouco menos de sofrimento é  o maior mandamento que temos.

E como é bom ver a alegria de uma família, com os seus problemas é certo, mas com a alegria que também a vida proporciona, quando bem vivida!

PS – O Doutor João Carvalho, presidente do IPCA (uma instituição de ensino superior a que estou muito ligado pela participação na sua comissão instaladora presidida pelo Professor Lopes Nunes), tem feito um trabalho notável, elevando-o a um alto patamar no nosso país e fora dele. Não esquecemos também o quanto tem contribuído para o conhecimento das finanças do poder local ao nível dos municípios e mais recentemente das freguesias.

O “Anuário Financeiro”  é uma publicação de relevo nacional e muito bem conhecida. Agora que o sofrimento lhe tocou violentamente à porta tomou a decisão que bem gostaríamos que não tivesse de tomar. Obrigado, João Carvalho pelo trabalho feito, lembrando também o tempo que estivemos juntos na Universidade do Minho!

 

Autor: António Cândido de Oliveira
DM

DM

16 fevereiro 2017