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Montanha russa de emoções

A entrega, no sábado, dos emblemas de prata e ouro (25 e 50 anos de filiação) foi, como sempre, um dos momentos mais emotivos de fervor clubístico. Coincidentemente, o domingo reservava-nos a visita dos nossos ancestrais vizinhos, que nunca haviam vencido na Pedreira. Mas, e como há sempre uma primeira vez, a derrota neste jogo de má memória, levou-me a uma abrupta quebra emocional, quando, no final do mesmo, iniciei a, desta vez, penosa subida das 262 escadas da bancada poente (contei-as uma a uma).

Mas, como tristezas não pagam dívidas, no dia seguinte as emoções voltaram a estar em alta, ao assistirmos in loco (ou na SportTV) à II Gala dos Gverreiros, no Theatro Circo. A exemplo do ano transato, e salvo uma ou outra surpresa, os prémios foram entregues a gente de reconhecido mérito. Paulo Fonseca, Rui Casaca, Teresa Sousa, José Carlos Macedo e José Peixoto Rodrigues, foram alguns dos justamente agraciados (Xila, o teu dia chegará).

Por fim, registei com agrado o prémio entregue a um adepto, de sempre, que vi defender e salvar o nosso clube em momentos muito conturbados. Refiro-me a Mesquita Machado que agradeceu o tributo com um breve, mas arrebatador e genuíno, discurso.

Mas, mais emoções nos esperavam, a meio da semana, na luta pelo apuramento para a final da Taça da Liga. A escolha do local justifica-se plenamente por quem perceciona que SLB, FCP e SCP, têm adeptos em todo o país, mas, considero uma falha imperdoável não terem alertado SCB, Setúbal e Moreirense que não era suposto, apurarem-se.

Com a loucura que só “quem não sente, não entende”, um restrito grupo de adeptos encheu-se de brio e saindo da Pedreira às 11h00 de quarta-feira, chegou ao estádio do algarve pelas 19h00, apoiou e vibrou com o apuramento do seu clube, meteu-se novamente no autocarro e chegou a Braga pelas 5h30 da manhã de ontem. O cansaço, minimizado pela vitória e consequente apuramento, e pela satisfação do dever cumprido, por apoiar o clube em representação de muitos outros milhares que lá gostariam de ter estado (como se viu em Coimbra, Aveiro ou Lisboa, ultimamente). Aprovo o modelo (final four) mas questiono, quem de direito, se será assim tão complicado, definir o local depois de se conhecerem os semifinalistas.

E, depois de ir a pé para a Pedreira, de carro, autocarro ou avião para jogos fora, no país e no estrangeiro, desta vez, penso inaugurar um novo meio de transporte para mais uma final, o comboio. Quem sabe, para o ano, se concretizarem mais uma ideia fantástica de realizar a "final four" na Madeira, não irei de barco.


Autor: Carlos Mangas
DM

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27 janeiro 2017