Nasci no mesmo ano que nasceu o nosso querido Grupo Folclórico de Vila Verde! Desde menino que estou ligado ao nosso GFVV, primeiro como um miúdo que gostava ao ir ver todos os ensaios, levado pelo meu pai, o "Toninho do Guarda" e pela saudosa "Minda" Marta! Mais tarde, e na minha juventude, passei a ser mais um elemento do nosso querido GFVV. E desde esse tempo, nunca deixei de o ter no meu coração!
E foi nesse tempo que aprendi a ser solidário, a todos respeitar, a ser humilde, a prestigiar Vila Verde, a nossa terra querida e a sentir e desfrutar de tudo o que o folclore nos pode oferecer! E ainda hoje me arrepio e o meu coração sempre bate com mais força quando ouço na rádio ou vejo na televisão e nos vários palcos deste nosso Portugal, o nosso grupo ali atua!
Nestes 65 anos do GFVV, muitos foram os vilaverdenses que se destacaram no nosso grupo. Com receio de me esquecer de muitos componentes do Grupo, quero aqui lembrar aqueles que já partiram e os que ainda por cá andam e que se destacaram, a saber: Desde logo, aquele que mais se destacou no início do grupo, o Senhor Mário Galinha, um lisboeta apaixonado por Vila Verde, importantíssimo no seu início e que já vinha do antigo Orfeão de Vila Verde.
Naqueles que Deus já levou, destaco o saudoso Manuel Grilo, um dos dançadores que mais me impressionou e tocou entre todos, pela elegância e pelo modo único de dançar! Também o João Calvário, um génio do cavaquinho, qual Júlio Pereira de outros tempos, ficou nos nossos corações! O "Pêta Velho" o primeiro na concertina, que a tratava como poucos no Minho e era escutado com respeito pelos especialistas da concertina, que nos deixou também duas filhas – a Céu e a São – que foram por muitos anos grandes dançadoras do grupo!
O Armando Vilaverde Dias, para todos o "Pirolo" e o José das Neves Sousa Viana, para todos "Zé Seco" e o "Zeca Doceiro", que se destacaram pela sua elegância na dança do Vira e Cana Verde!
A Arminda Marta, com aquela linguagem própria do povo e ainda a Augusta Luciano com toda aquela alegria na dança!
Naqueles que, felizmente, ainda por cá andam, é justo lembrar, em primeiro lugar, o Manuel Rodrigues, o "Senhor Folclore", um homem que vive o folclore como ninguém e que o país do folclore respeita e admira!
E depois, não poderemos esquecer a Isabel Cruz e a irmã, a Maria das Dores, o Mário Vilaverde, o Manuel Cruz, o José Pereira Oliveira, o "Oliveira da Concertina", a Joaquina Gonçalves, o Augusto Rodrigues, o "Gustinho", e a sua esposa, a "Quininha", para os amigos, (o pai e mãe da nossa Presidente da Câmara de Vila Verde).
Daqueles mais novos, é justo lembrar o Mário Rodrigues, filho do Manuel Rodrigues e um conhecido sabedor de Folclore e ainda a "Família das Bailonas", com a Silvina, a Maria o Abílio, a Laida e o Freitas (o Nixo), a Mira, que com a sua alegria e com um modo de dançar peculiar e uma postura alegre, próprios da gente do Minho!
Todos estes – e outros que agora não me lembro – foram os homens e as mulheres que se destacaram na fundação e nos 65 anos que, de uma forma brilhante, levaram o nome de Vila Verde bem longe, em Portugal e em vários países da Europa!
Parabéns pelos 65 anos de vida do Grupo Folclórico de Vila Verde, pelo que prestigiou o Folclore a nossa terra!
Autor: MARTINHO GONÇALVES
