O divórcio é uma das experiências mais desgastantes em termos emocionais, sendo considerado o segundo maior risco para a saúde mental, logo após a morte de um ente querido.
As circunstâncias de uma separação podem ser diversas: há separações que acontecem por mútuo acordo, enquanto outras de forma mais traumática: discussões, traições, ou ausência de reciprocidade de sentimentos.
No entanto, o término de uma relação, mesmo que por mútuo acordo, representa um conjunto de mudanças potencialmente stressantes, e um conjunto de emoções, que nem sempre são fáceis de reconhecer e gerir: tristeza, culpa, raiva, ansiedade, medo, frustração… são algumas das emoções que podem surgir.
Hoje deixo-lhe algumas dicas para a gestão de emoções em situações de divórcio:
- Reconheça as emoções que está a sentir, mesmo as mais desagradáveis, e fale sobre elas com amigos e familiares;
- Vivencie as suas emoções, em vez de ignorá-las: reconheça-as e tente perceber porque surgem – foque-se no que pensa e tente perceber se está a ser enredado em pensamentos negativos, e tente contrariá-los ou interromper esse círculo vicioso (p.e. meditação);
- Identifique e modifique comportamentos desadequados (p.e. consumos excessivos de álcool, trabalhar sem parar);
- Evite o isolamento social: rodeie-se de pessoas importantes para si, repare que não está só e que há afeto à sua volta: vai sentir-se mais capaz de enfrentar a realidade, por mais dura que seja no momento;
- Viva um dia de cada vez: não pense demasiado no futuro, dê tempo a si mesmo;
- Ocupe o seu tempo com coisas positivas: concentre-se em si mesmo, nos seus objetivos e atividades preferidas, e foque-se em novas oportunidades e experiências.
Caso sinta que não está a conseguir gerir as suas emoções, procure ajuda de um profissional!
A gestão emocional é um processo que não acontece de um dia para o outro, e é normal vivenciar emoções desagradáveis durante algum tempo após a separação, pois há um luto que precisa ser feito. Autor: Cristiana Fernandes