Também mostrámos porque razão praticamente todo o ensino primário (e não só) do Paquistão é praticado por clérigos formados nas Faculdades de Teologia da Arábia Saudita e pagos pelo governo desse país. Claro que além das matérias em Inglês, Matemática, Ciências Naturais, etc., etc. as quais são ensinadas por bons docentes, a maior parte deles laicos, as crianças e os adolescentes são submetidos a uma catequese de matérias religiosas, tiradas das partes mais radicais do Alcorão.
Com isso põem as mesmas crianças e adolescentes a “vomitar” fogo sobre todas as pessoas que não pratiquem a religião muçulmana e não cumpram a “sharia”. Por fim, os mesmos clérigos em cada aldeia do Paquistão contactam as famílias mais pobres, as quais têm sempre grande número de filhos, para obterem delas adolescentes que “queiram” ser “soldados” do “Exército Muçulmano”, o DAESH (ISIL) e a Al-qaeda que combatem em todo o mundo.
Essas pobres famílias que “fornecem” filhos para esse “serviço militar”, recebem uma mensalidade da respectiva organização religiosa oriunda da Arábia Saudita. Os elementos assim recrutados são conduzidos para o Norte do Paquistão e Afeganistão, para aí receberem treino em todas as disciplinas de índole militar: uso de metralhadoras; uso de explosivos; uso de mísseis; montagem de minas e armadilhas; montagem de viaturas armadilhadas ou explodidas por bombistas suicidas. Enfim, treino em todos os tipos de acções terroristas.
Claro que o recrutamento de jovens para serem “soldados” do “Exército Muçulmano” também é feito no bairro Molenbeek e noutros dos arredores de Bruxelas. Dizem os noticiários (www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151116_belgica_atentado_lab) que aí há 22 mesquitas, muitas delas financiadas pela Arábia Saudita. Todos os clérigos de todas as “paróquias” de todas essas mesquitas, gerados e pagos pela Arábia Saudita, fazem um árduo trabalho de catequese para a conversão ao Islamismo e recrutamento de jovens. Isso não é difícil porque também aí há famílias pobres com filhos desempregados, por ventura frustrados por não terem sido bem sucedidos nos seus estudos do ensino básico e secundário.
Os melhores desses jovens, depois de convertidos, podem receber bolsas para tirarem cursos nas Faculdades de Teologia da Arábia Saudita e serem depois fiéis discípulos dos actuais clérigos. Já aqui mostrámos há cerca de 2 anos como é que o governo da Arábia Saudita compensa todas as entidades dos governos belgas ou a eles ligadas, que apoiam a construção de mesquitas, algumas designadas de “Grandes Mesquitas” com “Centros Culturais Islâmicos associados.
O próprio João de Deus Pinheiro, do PSD, que viveu em Bruxelas muitos anos como deputado europeu, confirmou na televisão portuguesa estes aspectos e disse que nem a polícia se arrisca a entrar no bairro Molenbeek e seus arredores. Tudo o que acima dizemos acontece nos bairros muçulmanos do sul de Paris e de Londres. É de pasmar, ver que nem o governo belga, nem o governo francês, nem o governo britânico, prestaram (nem continuam a prestar) a devida atenção a estas “fábricas” de terroristas.
Concretamente, o que é que pode e deve ser feito. Também já aqui abordámos a questão, baseados nas várias “experiências” já feitas. Tirámos da revista “Além Mar” o caso do papa Francisco de há cerca de um ano, ter preparado e nomeado um bispo negro, nado e criado na região norte da Nigéria onde imperam os terroristas Boko Haran, bispo conhecedor profundo não só dos hábitos e necessidades das populações, mas também dos dialectos usados. Naturalmente que esse bispo também ordenou padres negros com iguais conhecimentos.
O bispo conseguiu também angariar meios para educação, enfermagem e até alimentação que em muito beneficiaram as populações. Naturalmente que, no âmbito da sua acção missionária, os padres e acólitos têm contactos praticamente diários com as populações. Daí poderem saber com antecedências em que locais os terroristas iam atacar e, obviamente, de forma indirecta e secreta, avisavam as autoridades de defesa. Desse modo se pouparam centenas ou milhares de vidas anuais.
No caso do bairro Molenbeek e seus arredores, se o governo apoiasse a construção de tantas Igrejas cristãs providas de padres (missionários) residentes e criasse as respectivas paróquias com casas de renda barata para residentes cristãos, certamente que se obteria uma vigilância contra acções terroristas de todas as espécies, muito mais eficaz que dúzias de esquadras de polícia bem armadas. Além disso, haveria que ter agentes secretos, conhecendo bem a língua árabe, convenientemente vestidos, assistindo aos “sermões” das 6.ªs feiras dos clérigos. Tudo em ordem a obter dados que orientassem rusgas inesperadas aos locais habitados por muçulmanos, por ventura não radicais, mas que abrigam, terroristas activos do DAESH ou da Al-qaeda. Nos bairros muçulmanos que cercam Londres e Paris haveria que fazer procedimentos semelhantes devidamente adaptados a cada situação. Por outro lado, os piedosos exercícios e a estrondosa publicidade que se sempre se faz a um qualquer ataque terrorista, jogam a favor dos chefes do terror. Note-se que nem Marrocos, nem a Argélia, nem a própria Tunísia, deixam fazer tanta publicidade depois de um acto terrorista. Além disso, os terroristas capturados ou mortos desaparecem sem deixarem rasto…
Autor: Júlio Barreiros Martins