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América, eleições decididas… pelo “voto postal”

  1. Eleições, mesmo no meio duma pandemia). Escrevo em 14-11-2020. Estão a acabar de ser contados os votos da eleição presidencial americana de 2020. Embora por curtas diferenças, quem irá vencer deve ser Biden, o já vetusto democrata (78 anos), um neto de mineiros irlandeses da Pensilvania. Vai obter 51% do voto popular total, contra quase 48% de Donald Trump. O que corresponde a 79 milhões de americanos esquerdistas contra 73 milhões de americanos direitistas. Não fora a ruinosa Covid-19, importada da Ásia, e provavelmente a vitória seria para Trump, e bem fácil.

  2. Interrupção à vista, do Movimento Anti-Globalização). Se Biden, o débil e manobrável ancião fôr, como se prevê, “entronizado”, muitas das políticas de Donald Trump (as boas) serão descontinuadas (em breve, elas voltarão, descansem…). Refiro-me ao que realmente interessa; à (já difícil) tentativa de contenção da ascensão da China nos planos comercial, financeiro, militar e político. À defesa efectiva da vasta e muito permeável fronteira com o México, por onde nas últimas décadas têm passado milhares de toneladas de droga e dezenas de milhões de imigrantes ilegais centro-americanos (que acabam por se naturalizar quase todos e influenciar decisivamente as eleições num país que não é o seu…). Refiro-me também à protecção das indústrias americanas, beneficiando os empresários que reabram as fábricas nos EUA e taxando (como é normal) os produtos que entrem nos EUA. O que resultou numa reabilitação notável do Emprego e da Economia, que apenas a pandemia asiática do Covid-19, veio comprometer parcialmente.

  3. A análise eleitoral de Biden, a ortodoxa). Embora sem ter maioria nem no Senado, nem Supremo Tribunal, os “democratas” já dominavam a Câmara dos Representantes (onde “destila óleo de lacrau” a intragável Nancy Pelosi). Conseguem agora a necessária maioria de “grandes eleitores” que em princípio, deliberando, deve escolher Biden.

  4. A análise de Trump, reservada e alegando fraude eleitoral). O certo é que na noite eleitoral Trump ia à frente (também por pouco) e até se considerou vencedor. Porém, como o “profeta” Bernie Sanders havia previsto, nos dias seguintes iria chegar uma maré de votos pelo correio que iriam fazer Biden passar para a frente. E assim foi a tendência… Porém, se fosse aqui em Portugal, eu também não aceitaria uma eleição que basicamente foi decidida pelos votos pelo correio… As hipóteses de fraude são realmente bem superiores às do voto presencial (até porque em certas votações-chave não terá sido autorizada a presença de fiscais “republicanos”). É estranho que se fiquem dias, semanas, a contar mal guardados (?) votos postais. Assim pensaram também R. Giuliani e Mike Pompeo.

  5. Biden começa bem…). Sem quaisquer intenções conciliatórias para com a anterior maioria direitista de Trump, Joe Biden escolheu para “vice” a aguerrida, complexada e polémica Kamala Harris, de início apresentada ao “mundo dos profanos” como “índia”. Eu, que não a conhecia, logo pensei: “que bem, até que enfim se lembram dos nativos americanos para cargos importantes”. Porém, nada disso, não era “índia”, mas sim “indiana”; foi uma golpada idêntica à que atirou com o seu minoritário conterrâneo dr. Costa, para 1.º ministro de Portugal, em 2015. E como se tal não bastasse para irritar os quase 48% de direitistas que votaram Trump, Biden anuncia que o chefe do seu governo será um tal Klain; obviamente judeu, mas sem a classe de um Kissinger, o secretário de Nixon.

  6. E se Biden adoece ou morre?). Ou até, se fosse assassinado… Ficaria presidente a estimabilíssima dra. Kamala, que ninguém escolheu e que já passou à frente de inúmeras figuras democráticas muito mais valorosas, entre as quais o velho Sanders, “por acaso” também um filho de Ur, na Caldeia.

  7. A vacina contra o Covid-19 só agora é anunciada). Será coincidência, ou a informação foi mesmo guardada pelo “Sistema”, para depois das eleições, com o fim de prejudicar Trump? “Si non è vero, è bene trovato”…

  8. Qual o “ditador” que não se agarrava ao Poder, com 47% do voto popular?). Ainda por cima, era ele que já tinha na mão o Poder, há 4 anos… Ainda dizem mal de Trump! Provavelmente, ele vai mesmo ceder o lugar a Biden, apesar das possíveis fraudes. 47% é um bocado mais que os 44% que (com o método de Hondt) mantiveram Cavaco 1.º ministro por mais de 10 anos. Ou que os “nutritivos” 32% de Costa, em 2015.

  9. Trump, 4 anos sem a América invadir ninguém). Afinal, “ladrava mas não mordia”. Que o digam a Coreia, o Irão e a Venezuela. O mesmo não se pode dizer de todos os presidentes anteriores, que atacaram o Panamá, o Iraque (2 vezes), a ilha de Grenada, a Sérbia, o Kosovo, o Afeganistão, a Líbia…

  10. O problema mexicano). Razões de sobra teria Trump para retaliar sobre o México, fonte de tantas interferências a nível criminal e de imigração ilegal maciça. Poderia ter anexado vastas zonas desabitadas do deserto mexicano em Sonora, Chihuahua, Coahuila e Baja. Foi o que fez há pouco a Turquia de Erdogan na Síria (e ninguém se queixou). Ou Marrocos há 20 anos no imenso Sahara Ocidental, ex-espanhol, que queria ser livre…

  11. Batalha pela alma da América”). Biden e Kamala distraíram-se e confessaram que estas (e futuras) eleições serão uma “battle for the soul of America”. Eles bem sabem do que falam; e que se não fossem os votos dos 50 milhões de centro- americanos e seus muitos descendentes (imigrados desde os anos 60) seria Trump que ganhava.


Autor: Eduardo Tomás Alves
DM

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24 novembro 2020