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A vida nas cidades modernas cada vez mais se toma complexa, devido a múltiplos problemas; mormente, nos grandes aglomerados populacionais das médias e grandes metrópoles.

E esta realidade vivencia-se nos múltiplos fatores que atingem o dia-a-dia das suas populações; e, assim, a segurança, o bem-estar, o convívio, a tranquilidade física e psicológica são os mais evidentes e diários requisitos da vida comunitária de mais difícil garantia de usufruto e manutenção.

Todavia, a esta problemática não é alheia a convivência entre peões e automobilistas cada vez mais conflituosa devido ao predomínio de acidentes e maus tratos físicos e mentais entre os respetivos contendores; e com inexorável evidência nas cidades onde abundam as zonas pedonais que, inevitavelmente, conduzem aos estreitamentos ou mesmo exclusões de vias rodoviárias ou à natural redução do estacionamento e da simples necessidade de abastecimento de lojas, mercados, estabelecimentos de restauração, de residências familiares e de hotéis dos necessários bens de consumo.

E a esta situação de infalível mal-estar entre carros e peões ainda se vem juntar os não menos problemáticos desígnios ambientais (poluição, barulho, engarrafamentos); e estes, por seu turno, são o elo mais forte que, num futuro não muito distante, traçaram, definitivamente, o fim do automóvel nos cascos urbanos ou, quando muito, a sua proibição de circular, estacionar ou meramente parar no coração das cidades, como já vem acontecendo pela Europa fora.

Pois bem, a nossa cidade de Braga (augusta, barroca, bimilenar e dos Arcebispos), devido ao seu crescimento rápido e constante, tem sofrido constantes tentativas de redução do uso do automóvel no seu centro urbano, levado a cabo pelos poderes autárquicos instituídos; e, daí, as zonas pedonais se vão alargando e as avenidas e ruas estreitando com evidentes prejuízos para o automóvel e preclaros benefícios para os peões.

Até aqui tudo bem, tudo nos conformes, se estão em causa o conforto, a segurança, o bem-estar dos bracarenses; mas, nem tudo neste contexto é pacífico e plausível.

Estou a pensar e a evidenciar o uso que se vai fazendo, no miolo urbano, da bicicleta, da trotineta e, inclusive, do skate; e, então, o perigo para a segurança dos peões que se passeiam, flanam e circulam pelos seus espaços de eleição – as zonas pedonais – é um verdadeiro flagelo, embora, em tempos fossem definidos espaços em zonas próprias para circulação destes veículos muito comuns e para gente jovem; só que frequentemente as zonas pedonais são invadidas por estes veículos e indevidamente.

Ora, a quem de direito se é exigido que seja vigiada e terminantemente proibida esta prática nas zonas para peões; obviamente porque está em causa a segurança destes bracarenses que aos milhares utilizadores são destas zonas pedonais, com todo o direito que lhe é assistido pela legislação municipal.

Vamos lá com ações musculadas e constantes trazer segurança e tranquilidade às zonas pedonais; porque nestas zonas não cabe minimamente a convivência entre peões e bicicletas, trotinetas e skaters.

Então, até de hoje a oito.

Dinis Salgado

Dinis Salgado

19 novembro 2025