A fraqueza humana é uma realidade intrínseca à nossa existência neste mundo. Desde o começo da nossa idade consciente (mais ou menos aos 7 anos), ela acompanha-nos nos momentos de tentação, medo, angústia, preguiça etc.
Embora sintamos que estamos chamados à liberdade, a fraqueza tende a ser uma força contrária, limitando-nos e influenciando as nossas escolhas. Ela pode nublar o nosso discernimento, enfraquecer a nossa vontade e afastar-nos do caminho do bem.
Esta fragilidade interna tira-nos, muitas vezes, a força necessária para realizar aquilo que sabemos que é o correto.
Quantas vezes nós, conscientemente, adiamos uma boa ação ou cedemos às facilidades do erro? A fraqueza age como um peso invisível, tornando mais difícil seguir em frente com coragem e determinação.
Se permitirmos que esta fragilidade cresça dentro de nós, ela começa a corroer os alicerces da nossa própria vida. Pequenas concessões ao mal tornam-se hábitos, e, gradualmente, aquilo que parecia ser insignificante transforma-se numa força destruidora.
Assim, a fraqueza humana não somente nos limita a partir de dentro, mas também pode comprometer a nossa integridade e o sentido da nossa existência.
Na vida cristã, reconhecer a própria fraqueza é o primeiro passo para superá-la. Este reconhecimento, longe de ser um ato de derrota, é uma forma de humildade que nos aproxima de Deus e dos outros.
Manter a fraqueza sob controlo exige uma luta constante, alimentada pela oração, pela reflexão, pela receção dos sacramentos e pelo esforço genuíno por fazer o bem e evitar o mal.
A vida é uma batalha diária contra as nossas limitações e más inclinações, que nós cristãos sabemos serem consequências da natureza ferida que herdamos dos nossos primeiros pais devido ao pecado original.
Ao combatermos a nossa fraqueza, com o auxílio da graça divina, tornamo-nos mais livres e mais capacitados para cumprir a nossa missão neste mundo.