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As charadas do CHEGA e um Orçamento para continuar a desenvolver Portugal

André Ventura, na passada segunda feira, aquando da apresentação do Orçamento de Estado pelo Primeiro Ministro, estava de cabeça perdida, completamente desnorteado, a debitar palavras e a fingir emoções com entoações sem sentido nenhum. 

Não consegue dizer mais nada sem ser os temas com que surfa a onda mediática, mas sem passos consequentes, sem resultados, repetidos constantemente mas desconexados com a matéria em discussão e, por isso, acabará por cair em descrédito.

Quer utilizar o Parlamento para a sua estratégia eleitoral para a Presidência da República mas, como tem contraditório, sai-lhe tudo ao contrário do que pretende. 

Usa a luta importante contra a corrupção como grande bandeira quando, apesar da sua formação em Direito, viola princípios jurídicos fundamentais, quando acusa quem ainda não foi sequer investigado ou julgado, lança anátemas sobre comunidades conspurcando todos que fazem parte dela – colocando cidadãos honestos como potenciais criminosos – e, face às acusações que profere, nunca fez o que qualquer cidadão deveria fazer face a condutas criminosas: fazer denúncia às forças policiais ou ao Ministério Público. 

André Ventura propala que é muito católico mas comporta-se como um autêntico fariseu, como os referidos na Bíblia que dão esmola ao necessitado, mas toca o sino para todos verem que foi muito caridoso. Tal como o fariseu, que só lhe interessa dar esmola para ter reconhecimento público. 

Para o líder do CHEGA, a resolução dos problemas com que rasga as vestes não lhe interessa para nada. O que é importante é que eles existam, se finja muito preocupado com eles, quanto pior melhor, para poder culpar sempre os outros e tirar dividendos políticos da ingenuidade de muita gente. Isso só vai resultar até um dia, quando as pessoas começarem a perceber. 

Luís Montenegro, magistralmente, fez notar ao líder do CHEGA que a corrupção tem de ser combatida democraticamente, salvaguardando os direitos e liberdades dos cidadãos e respeitando a lei, sendo a ditadura – apontada por André Ventura como um exemplo de virtudes – profundamente corrupta uma vez que não é legitimada pelo povo. 

Se o leitor seguir este debate sobre o orçamento, verá uma bancada do CHEGA sem preparação técnica, completamente atordoada com os temas, cuja falta de conhecimento tentam disfarçar com palmas bem orquestradas, muito barulho, berros e tentativas de insultos muito longe do que se considera ser os apartes regimentais.

De facto, como realçou o Ministro das Finanças no Parlamento, este orçamento reduz impostos, aumenta os salários, as pensões e as prestações sociais, melhora a qualidade dos serviços públicos, reforça o investimento público e valoriza as carreiras da Administração Pública.

Na parte dos salários em Portugal, apesar dos ainda baixos salários – 37% abaixo da União Europeia – teve o maior aumento salarial dos países da OCDE o ano passado e este ano, no primeiro semestre, os salários tiveram um aumento de 3,4% em termos reais. 

O peso da da Dívida Pública será de 87.8% do PIB, sendo a primeira vez em 16 anos que este rácio ficará abaixo dos 90%.

Prova da evolução das nossas contas públicas são as subidas anotações das agências de rating que tanto fustigaram Portugal na altura do combate à bancarrota socialista sendo já A+ na S&P (que fez duas subidas consecutivas este ano de 2025) e A na Fitch. 

Além do mais, é muito positiva a procura crescente da dívida pública portuguesa com cada vez menores spreads, ou seja, com o risco ser cada vez menor.

O governo pretende continuar este caminho, já que reconhece que a dívida pública não deixa de ser um dos pontos mais frágeis da economia portuguesa, mas é muito positivo termos passado de um nível elevado da dívida pública para um nível moderado. 

E a procura de dívida pública portuguesa é cada vez maior e a um custo cada vez menor em termos de spreads.

Quanto ao CHEGA foi até divertido no Parlamento vê-lo tentar demonstrar, estatelando-se ao comprido, que este governo vai subir impostos, algo de todo irreal e inexistente.

Portugal no bom caminho e o CHEGA, cada vez mais, com a solidez da gelatina.

Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa

29 outubro 2025