Os resultados das eleições autárquicas do passado domingo confirmam o PSD como grande força política do Norte e, em particular, no distrito de Braga. O PSD, sozinho ou em coligação, conquistou nove das 14 câmaras municipais do distrito – o mesmo número de 2021 –, mas com uma diferença decisiva: pela primeira vez, governa em simultâneo as quatro grandes cidades do Quadrilátero do Minho – Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos.
Esta vitória no coração urbano e económico do Minho é de enorme significado político e simbólico. Representa o reconhecimento do trabalho de proximidade, da seriedade na gestão autárquica e da capacidade de apresentar soluções credíveis para o desenvolvimento regional. O PSD volta, assim, a ser o partido com maior expressão e responsabilidade no poder local, não apenas no distrito de Braga, mas em todo o país.
Em Guimarães, o partido protagonizou uma viragem histórica, pondo termo a 36 anos de governação socialista. Em Vila Nova de Famalicão, Mário Passos obteve uma vitória expressiva, com 49,64% dos votos, consolidando um modelo de gestão reconhecido por todos como exemplo de estabilidade, inovação e proximidade. Em Braga, os resultados deram a vitória à coligação PSD/CDS-PP/PPM, liderada por João Rodrigues, confirmando que os bracarenses continuam a confiar no projeto social-democrata para o futuro da cidade. E, em Barcelos, Mário Constantino foi reeleito, alcançando uma vitória expressiva, consolidando uma maioria absoluta e histórica no concelho.
Mas esta vitória do PSD não se mede apenas em câmaras municipais. O PSD robusteceu a sua presença nas assembleias municipais e nas freguesias – as células mais próximas da vida quotidiana das pessoas. São centenas de autarcas de freguesia, presidentes de junta e eleitos locais que fazem do PSD a força mais implantada no território, aquela que melhor conhece as dificuldades e as aspirações das populações.
E há um facto que estas eleições voltam a demonstrar com clareza: a qualidade dos autarcas faz toda a diferença. Bons autarcas valem mais votos – e isso explica porque é que o partido cresce onde governa bem e mantém o apoio popular em concelhos e freguesias que reconhecem a sua seriedade e eficácia.
Estas eleições são também uma prova da força da democracia local. O poder autárquico continua a ser o espaço onde a política é mais humana, mais tangível e mais responsável perante os cidadãos. Há no municipalismo português – na autonomia das vilas e cidades – um bastião de resistência ao extremismo radical, uma barreira que vale a pena enaltecer e proteger.
A proximidade dos autarcas às pessoas, a sua capacidade de responder de forma concreta aos problemas reais, continuam a ser o remédio mais eficaz contra a demagogia e contra as tentações iliberais que fragilizam as democracias.
Com nove câmaras conquistadas e uma presença dominante nas freguesias do distrito, o PSD afirma-se como o partido que mais confiança merece dos eleitores minhotos. No conjunto do país, a conquista das maiores cidades e a expressão alcançada a nível autárquico colocam o PSD em condições de reassumir a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), devolvendo-lhes o equilíbrio, a representatividade e a pluralidade que devem caracterizar estas estruturas.
A vitalidade do poder local social-democrata também se reflete na mobilização cívica dos eleitores. No distrito de Braga, a taxa de abstenção ficou nos 30,29%, um valor significativamente abaixo da média nacional (40,74%). Este dado é revelador de um eleitorado mais participativo e de um tecido democrático saudável, que continua a ver nos seus autarcas uma referência de confiança e proximidade.
O PSD demonstra, assim, que é – e continua a ser – o grande partido das autarquias portuguesas: aquele que está presente em todo o território, que compreende as dinâmicas locais e que governa com rigor, humanidade e visão de futuro.
No Minho, em particular, a vitória no Quadrilátero simboliza mais do que um resultado eleitoral – representa o renascimento de uma ambição coletiva de desenvolvimento e de afirmação de uma região que sempre esteve no coração da social-democracia.